sexta-feira, 2 de maio de 2014

Seis de cada 10 mulheres já sofreram algum tipo de violência

Adital
"Nem uma morta a mais, nem uma mulher a menos” é o apelo de centenas de equatorianas que todos os dias são submetidas a algum tipo de violência física, verbal ou psicológica pelo simples fato de serem mulheres. No Equador, a violência sexista tem se tornado rotina; as cifras são assustadoras: seis em cada 10 mulheres já sofreram algum tipo de violência.

Um dos casos de feminicídio mais recente e simbólico é o de Vanessa Landinez Ortega, uma mulher de 37 anos, que vivia na cidade de Ambato, capital da província de Tungurahua, no Equador, assassinada no dia 19 de outubro de 2013. De acordo com o relatório policial, Vanessa sofreu fortes golpes que afetaram seus órgãos internos e provocaram morte quase que imediata.

Mais de seis meses após o acontecido, a família, os amigos e uma coalizão de organizações feministas nacionais seguem lutando por justiça e para manter o caso em evidência. Em 16 de abril, foi divulgado o auto de Chamado a Juízo, pois, só agora, a Promotoria encontrou evidências suficientes para formular uma denúncia contra o acusado. A família de Vanessa pede que nessa importante fase de andamento do processo seja feita pressão para que o caso não fique impune. Na manhã de hoje, foi realizado um plantão em frente ao Conselho da Magistratura para exigir justiça em relação este e tantos outros feminicídios.

O caso de Vanessa não é isolado. A violência contra a mulher é uma constante no Equador. Dados de 2013 dão conta de que até outubro deste ano 47 mulheres haviam sido assassinadas pelo simples fato de serem mulheres. Nos três últimos anos, 97 mulheres foram assassinadas pelo mesmo motivo. Em Tungurahua, 70,8% das mulheres já sofreram algum tipo de agressão, abuso, violência ou ameaça. Dentro dessa cifra também estão as que foram assassinadas. Tungurahua é a segunda província equatoriana com os mais altos índices de violência contra a mulher.

Nenhum comentário:

Postar um comentário