sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Especialistas da ONU denunciam 'crimes contra honra' e mutilação genital | Rádio das Nações Unidas

05/11/2014
Grupo de direitos humanos citou ainda casos de casamento forçado, poligamia e outras práticas justificadas por costumes religiosos e valores inseridos em culturas e tradições patriarcais.
Combate à violência contra a mulher. Foto: ONU/Christopher Herwig
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
Especialistas em Direitos Humanos da ONU afirmaram esta quarta-feira que os países devem combater crimes cometidos contra mulheres.
Pela primeira vez, duas comissões sobre o assunto uniram-se para estabelecer uma ampla interpretação das obrigações dos Estados para evitar e eliminar práticas nocivas a mulheres e meninas.
Casamentos Forçados
O grupo destacou a mutilação genital feminina, os chamados crimes contra a honra, casamentos forçados e poligamia como algumas das práticas.
A especialista da Comissão da ONU para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação a Mulheres, Cedaw, Violeta Neubauer, afirmou que essas práticas são frequentemente justificadas por costumes religiosos e sociais.
Além disso, Neubauer disse que elas estão inseridas em culturas e tradições patriarcais.
Crianças
Em nota, as duas comissões citaram ainda outras práticas como teste de virgindade, infanticídio e mudanças forçadas no corpo como aumento de peso e alongamento de pescoço.
A especialista da Comissão sobre os Direitos da Criança, Hiranthi Wijemanne, afirmou que "as crianças têm o direito de serem protegidas de práticas que não tenham nenhum benefício médico ou de saúde".
A Cedaw e a Convenção sobre os Direitos das Criança contêm provisões que determinam que essas práticas nocivas representam violações dos direitos humanos.
Os documentos obrigam os Estados a adotar medidas para prevenir e eliminar esses crimes.

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