domingo, 31 de janeiro de 2016

América Latina e Caribe colocam a igualdade de gênero como prioridade nos seus planos de desenvolvimento nacionais

Reunião da Mesa Diretiva da Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e Caribe é encerrada no Chile. Foto: Divulgação.
Reunião da Mesa Diretiva da Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e Caribe é encerrada no Chile. Foto: Divulgação.
29/01/2016

Países da América Latina e Caribe reunidos esta semana, em Santiago (Chile), firmaram o compromisso de colocar a igualdade de gênero no centro dos debates da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e como prioridade nos planos de desenvolvimento nacional e regional. O Brasil, representado pela Secretária Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Eleonora Menicucci, assinou a declaração de mecanismos nacionais para as Mulheres da América Latina e do Caribe a ser apresentado em março na 60ª Sessão da Comissão sobre o Status da Mulher (CSW 60), em Nova Iorque (EUA). 
“Foi um encontro extremamente representativo, com três dias de questionamentos e intensiva discussão”, afirmou Eleonora Menicucci, sobre a 53ª Reunião da Mesa Diretiva da Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e Caribe, encerrada na quinta-feira (28/01) e coordenada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e Onu Mulheres. Ela disse que é preciso enfrentar com determinação a crise econômica e financeira. “Não é possível determinar política econômica sem considerar o financiamento, a manutenção e a sobrevivência das políticas voltadas para as mulheres. Esse financiamento é de extrema importância para que os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) sejam vitoriosos até 2030”, destacou.  
A Secretária explicou a importância da 60ª Sessão da Comissão sobre o Status da Mulher. “A CSW 60 será presidida pelo representante do Brasil, embaixador Antonio Patriota, e teremos um protagonismo importantíssimo que nos dará lugar de destaque para mostrar avanços nas políticas inclusivas – como Pronatec, Minha Casa Minha Vida, - e nos programas de enfrentamento à violência e de autonomia econômica das mulheres como o Pró-Equidade, que têm boas práticas que impedem discriminação de raça e de gênero”. 
Entre os temas que embasaram as discussões no Chile estavam a continuidade da garantia dos direitos sexuais e reprodutivos e a diminuição da morte materna; a manutenção de políticas públicas voltadas para as mulheres em meio a crise econômica mundial; e a inclusão das mulheres no trabalho, nos diferentes setores da economia, nas escolas, nas faculdades e na política.  
Eleonora Menicucci destacou que não existe projeto de sociedade com desenvolvimento sustentável sem a inclusão das mulheres. “O Brasil mostrou sua política exitosa no enfrentamento à violência com as Casas da Mulher Brasileira e a sanção da Lei do Feminicídio, que fará um ano em março”.  A próxima reunião será regional, em julho, no Uruguai, somente com os participantes do Mercosul.

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