Uma das reflexões da psicóloga Karina Fukumitsu é sobre quem mata quem quando o suicídio acontece
Rádio USP- URL Curta: jornal.usp.br/?p=271291
09/09/2019
No Diversidade em Ciência, Ricardo Alexino Ferreira entrevista a psicóloga e suicidologista Karina Okajima Fukumitsu, pós-doutora e doutora pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, do Instituto de Psicologia da USP. Ela fala na entrevista sobre suicídio, um tema considerado tabu para muitos, e sobre o luto advindo dessa situação.
O termo suicidologia, que é um campo multidisciplinar de estudos sobre o suicídio e as suas diferentes implicações, foi cunhado pelo psicólogo clínico e tanatologista estadunidense Edwin Shneidman. Ele constitui a base teórica da pesquisa de Karina Fukumitsu, assim como a Gestalt-terapia, um dos campos da Psicoterapia e da Fenomenologia.
O termo suicidologia, que é um campo multidisciplinar de estudos sobre o suicídio e as suas diferentes implicações, foi cunhado pelo psicólogo clínico e tanatologista estadunidense Edwin Shneidman. Ele constitui a base teórica da pesquisa de Karina Fukumitsu, assim como a Gestalt-terapia, um dos campos da Psicoterapia e da Fenomenologia.
Karina também fala sobre termos epistemológicos criados por ela como “morrência”, que é o definhamento existencial de uma pessoa; “o estranho alívio”, que é a sensação de alívio que as pessoas próximas ao indivíduo que se mata sentem quando se livram do estresse diário com a morte do outro. Geralmente, um sentimento também acompanhado de culpa.
A pergunta focal que Karina faz durante a entrevista é: “Quem mata quem quando o suicídio acontece? ”, referindo-se ao processo do luto. Nesse sentido, ela fala também sobre a posvenção, que é o cuidado com os enlutados de pessoas que tiraram a própria vida.
Ela ainda chama a atenção para o não-uso do termo “o suicida”, pelo seu caráter pejorativo e estigmatizante, aconselhando nomear a “pessoa que se mata”, como respeito ao indivíduo que vive essa situação.
Karina Fukumitsu é autora dos livros A Vida não é do jeito que a gente quer; Suicídio e Gestalt-terapia; Suicídio e luto: histórias de filhos sobreviventes; e Perdas no Desenvolvimento Humano: um estudo fenomenológico, todos lançados pela editora Publish & Print.
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