quinta-feira, 22 de novembro de 2012


Lançado em Brasília livro sobre saúde da população negra

Lançamento ocorreu durante abertura da mostra “Igualdade Racial no SUS é pra valer!”, instalada em túnel que liga duas unidades do Ministério da Saúde, em Brasília
Para marcar o Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado nesta terça-feira (20), o Ministério da Saúde inaugurou a exposição “Igualdade Racial no SUS é pra valer!”, com fotografias de servidores do Sistema Único de Saúde (SUS), informações sobre a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e outras ações positivas do governo federal nesta área. O evento contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha; da secretária de Políticas Afirmativas da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Ângela Maria da Silva; e do Secretário de Cultura do Estado da Paraíba, o cantor Chico César, além de representantes do movimento negro.
Durante o evento foi lançada a segunda edição ampliada do livro “Saúde da População Negra”, fruto de uma parceria da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), Ministério da Saúde e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). O livro, organizado por Luís Eduardo Batista, Jurema Werneck e Fernanda Lopes, integra a Coleção “Negras e Negros: Pesquisas e Debates”, coordenada por Tânia Müller. A publicação traça, ao longo de 16 capítulos de vários autores, um painel sobre o direito à saúde e a questão racial como determinante social da saúde; seu objetivo é ampliar o acesso à informações sobre a temática da Saúde da População Negra e Enfrentamento ao Racismo na Saúde.
O secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, destacou a importância do projeto. “Destinamos recursos para o incentivo e apoio de publicações que falem da cor em relação ao SUS. Assim, estamos incentivando os trabalhos relacionados a evidências sobre a saúde dos negros”, disse.
Ainda segundo Odorico, “a luta por justiça social coincide com os princípios do SUS, principalmente o da equidade. Mais do que expor dados sobre a situação dos negros no Brasil, pretendemos fomentar o debate sobre o acesso desta população ao Sistema Único de Saúde. Isso significa mudar além da estrutura e mexer com os valores éticos das pessoas”.
O Fundo de População da ONU foi representado no lançamento pela Representante Adjunta, Florbela Fernandes, que destacou os esforços desenvolvidos pelo UNFPA, juntamente com o Sistema das Nações Unidas, para que as pessoas “tenham o direito a viver com dignidade e igualdade de oportunidades, possam melhorar suas condições de vida e de saúde e tenham todos os seus direitos respeitados. Esperamos que esta publicação possa contribuir para o alcance desse resultado”.
Exposição
A exposição “Igualdade Racial no SUS é pra valer!”, organizada pela Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, com o apoio da SEPPIR, está montada no túnel que liga a sede do Ministério da Saúde ao edifício-anexo do órgão, em Brasília (DF). A mostra, que pode ser visitada até o próximo mês de fevereiro, faz parte das ações que compõem a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, cujo objetivo é combater a discriminação étnico-racial nas unidades do SUS bem como promover a equidade na saúde da população negra.
Para o ministro Alexandre Padilha, a ideia é fazer com que todos os servidores e funcionários do Ministério da Saúde que passam diariamente por este túnel sejam sensibilizados pelo desafio de promover a saúde da população negra. “Com a exposição, fazemos uma grande homenagem à população negra e também promovemos o exercício de sensibilização para melhorar a saúde no nosso país”, destacou. Padilha também aproveitou para defender mais profissionais negros e negras na área da saúde.
A Secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Ângela Maria da Silva, elogiou a exposição, que apresenta a cronologia do movimento negro no país e as políticas de saúde para este grupo. “O túnel do tempo evoca pessoas que tiveram uma trajetória de negação. Agora, ele nos traz a possibilidade de fazermos um novo acontecer”, afirmou.
Com informações da Agência Saúde – Ascom/MS

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