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Trabalho infantil apresenta crescimento na região norte do Brasil
Da redação
De maneira geral, o trabalho infantil tem diminuído no Brasil, mas isoladamente a região norte apresenta crescimento. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, o número de crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos em situação de trabalho caiu 14% de 2009 a 2011. A região Norte do país, no entanto, apresentou aumento nos índices, passando de 10,1% para 10,8% no mesmo período.
A fiscalização também está cada vez mais difícil devido a mudança do perfil das crianças que trabalham - cada vez mais ligadas ao trabalho doméstico -, principalmente nas regiões do Amazonas, Roraima e Amapá, segundo o auditor de fiscalização do trabalho no Amazonas, Alberto de Souza. “Falta compreensão por parte de toda a sociedade de que nós temos que acabar com o trabalho infantil. Uma criança que está num cruzamento deixa de estar na escola”.
O auditor ainda faz um alerta sobre quem dá dinheiro para crianças que vendem produtos ou cuidam de carros. “As pessoas dão dinheiro por pena. Só que quando essa criança vira um adulto, já não desperta esse mesmo tipo de sentimento".
O coordenador do Programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Renato Mendes, reconhece avanço nos últimos anos, porém ainda insuficiente. “A OIT vem sinalizando que o Brasil chegou num momento de estagnação. Velhas respostas não estão sendo eficientes para novas manifestações”.
Conforme a legislação brasileira, adolescentes entre 14 a 16 anos podem exercer algum tipo de profissão na condição de aprendiz, desde que não sejam submetidos a qualquer situação de risco. Antes dessa idade é proibido por lei.
Com informações da Radioagência Nacional
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