Representante especial do secretário-geral da ONU para crianças em conflitos armados, Leila Zerrougui, em missão na Síria. Foto: ONU (arquivo) |
“Todo mundo com quem falei, tanto dentro como fora da Síria, compartilhou histórias pessoais sobre o impacto do conflito nas crianças e em suas famílias”, disse Zerrougui, que acaba de visitar Síria, Jordânia, Iraque, Turquia e Líbano.As crianças vão continuar sofrendo as consequências do conflito na Síria, a menos que uma solução política urgente seja encontrada, afirmou nesta quinta-feira (18) a representante especial do secretário-geral da ONU para crianças em conflitos armados, Leila Zerrougui, lembrando relatos da existência de crianças-soldado, prisões e detenções arbitrárias de meninos e meninas bem e prejuízo à educação pelos ataques às escolas.
“Eu me encontrei com os pais cujos filhos morreram em atentados, crianças que viram seus irmãos e irmãs sendo mortos e outras que estão se recuperando de ferimentos tão graves que eu me perguntava como poderiam ter sobrevivido”, descreveu.
Durante sua visita, Zerrougui reuniu-se com representantes do Governo e teve contato com os grupos de oposição. A representante pediu que todas as partes tomem medidas urgentes para proteger as crianças e civis e encorajou as autoridades a cumprirem a lei recentemente adotada pelo Governo da Síria, proibindo o recrutamento e uso de meninos e meninas com menos de 18 anos.
Desde o levante contra o presidente Bashar Al-Assad em março de 2011, cerca de 100 mil pessoas foram mortas, quase 2 milhões fugiram para países vizinhos e mais de 4 milhões estão deslocadas internamente. Dentro da Síria, 6,8 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária urgente, metade crianças.
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