segunda-feira, 22 de julho de 2013

Apenas solução política para crise síria pode evitar sofrimento das crianças, avalia enviada da ONU

A representante especial do secretário-geral da ONU para crianças em conflitos armados,  Leila Zerrougui, em uma missão de campo para a Síria, em dezembro de 2012. Foto: ONU
Representante especial do secretário-geral da ONU
para crianças em conflitos armados, Leila Zerrougui,
em missão na Síria. Foto: ONU (arquivo)

“Todo mundo com quem falei, tanto dentro como fora da Síria, compartilhou histórias pessoais sobre o impacto do conflito nas crianças e em suas famílias”, disse Zerrougui, que acaba de visitar Síria, Jordânia, Iraque, Turquia e Líbano.As crianças vão continuar sofrendo as consequências do conflito na Síria, a menos que uma solução política urgente seja encontrada, afirmou nesta quinta-feira (18) a representante especial do secretário-geral da ONU para crianças em conflitos armados, Leila Zerrougui, lembrando relatos da existência de crianças-soldado, prisões e detenções arbitrárias de meninos e meninas bem e prejuízo à educação pelos ataques às escolas.
“Eu me encontrei com os pais cujos filhos morreram em atentados, crianças que viram seus irmãos e irmãs sendo mortos e outras que estão se recuperando de ferimentos tão graves que eu me perguntava como poderiam ter sobrevivido”, descreveu.
Durante sua visita, Zerrougui reuniu-se com representantes do Governo e teve contato com os grupos de oposição. A representante pediu que todas as partes tomem medidas urgentes para proteger as crianças e civis e encorajou as autoridades a cumprirem a lei recentemente adotada pelo Governo da Síria, proibindo o recrutamento e uso de meninos e meninas com menos de 18 anos.
Desde o levante contra o presidente Bashar Al-Assad em março de 2011, cerca de 100 mil pessoas foram mortas, quase 2 milhões fugiram para países vizinhos e mais de 4 milhões estão deslocadas internamente. Dentro da Síria, 6,8 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária urgente, metade crianças.

Nenhum comentário:

Postar um comentário