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domingo, 12 de janeiro de 2014

Diferentes países do Oriente Médio opinam sobre o uso do véu islâmico

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Não há consenso no Oriente Médio sobre como
uma mulher deve se apresentar (Reprodução/Internet)

Pesquisa da Pew Research Center em sete países muçulmanos revela opiniões diferentes sobre como uma mulher deve se vestir em público 

Poucas pessoas sabem, mas o uso do véu islâmico é controverso até no Oriente Médio. Países da região diferem sobre até que ponto a mulher deve cobrir o rosto e quais modelos são apropriados para uso em locais públicos.
O centro de pesquisa americano Pew Research Center perguntou à população de sete países da região como uma mulher deve se vestir em público. Para isso, foram oferecidos seis tipos de opções de véu (no gráfico, em ordem da esquerda à direita):
1) Burca: o mais conservador dos véus cobre todo o corpo, incluindo o rosto e os olhos, que ficam escondidos atrás de uma rede. Seu uso é muito comum no Afeganistão, país que não participou da enquete;
2) Niqab: o nome da vestimenta provém do árabe “máscara”. Esse tipo de véu também cobre o rosto, mas deixa os olhos à mostra.
3) Chador: o nome da vestimenta provém do persa “tenda”. Esse tipo de véu cobre a mulher da cabeça aos pés, mas com uma abertura para o rosto na parte da frente;
4) Al-Amira: semelhante a uma touca justa, que deixa o rosto à mostra mas cobre os cabelos e o colo. Tem uma extensão que geralmente é enrolada no pescoço e no queixo. Esse tipo de vestimenta é comum em muitas comunidade islâmicas de países ocidentais;
5) Véu simples: tido como uma vestimenta mais liberal , esse tipo de véu cobre apenas a cabeça, deixando parte dos cabelos à mostra. É comum no Irã;
6) Sem véu: sem qualquer tipo de véu e com os cabelos à mostra, algo aceitável em países mais liberais, como Turquia e Líbano;
A pesquisa consultou homens e mulheres e o resultado pode ser conferido no gráfico abaixo:
Analisando o gráfico percebemos algumas questões. O país que mais apoia o visual sem véu é o Líbano, mas esse resultado é controverso, já que um quarto dos entrevistados se denominou cristão. A Turquia, onde há décadas existe uma competição entre laicos e conservadores, ficou em segundo lugar. Em terceiro aparece a Tunísia, onde a maior parte da classe média adotou o estilo europeu. Já os países que mais apoiam o uso da Burca foram Arábia Saudita e Paquistão.
Mas o fato mais interessante foi a segunda parte da pesquisa. O entrevistados foram questionados se as mulheres deveriam ter o direito de se vestir como quiserem. Na Tunísia e na Turquia, 52% responderam afirmativamente; no Líbano, 49%; na Arábia Saudita, país que mais apoiou o uso da Burca, esse percentual cai para 47%; no Iraque, 27%; no Paquistão, 22%; e no Egito, 14%.
Esse resultado prova que a preferência pelo uso do véu não impede alguns de acreditar que as mulheres deveriam ter a liberdade para escolher como se vestir.

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