sexta-feira, 4 de março de 2016

Canadá lança investigação sobre homicídio de mulheres indígenas

O primeiro ministro canadense, Justin Trudeau, fez da questão uma prioridade

3 mar., 2016

De acordo com a polícia canadense, 1.800 mulheres indígenas foram assassinadas ou desapareceram no Canadá desde os anos de 1980. No entanto, ativistas e sobreviventes estimam que o número real seja mais perto de 4.000, devido à hesitação de denunciar casos à polícia e o grande número de homicídios ou desaparecimentos que nunca são fechados.
Agora, esses casos podem finalmente receber alguma atenção política.
A semana passada marcou o início de uma série de mesas-redondas em preparação para uma investigação nacional de homicídios e desaparecimentos de mulheres indígenas no Canadá. Enquanto ativistas há anos exigem uma investigação, o ex-primeiro-ministro Stephen Harper rejeitou a questão repetidamente, dizendo que investigações deveriam ser feitas dentro da jurisdição das reservas nativas – mesmo que muitos casos tenham acontecido nas cidades canadenses com grande população indígena, como Winnipeg.
Mas o novo primeiro-ministro, Justin Trudeau, fez da investigação “uma prioridade”, dizendo que, além da necessidade de justiça e respostas para as vítimas e suas famílias, acabar com a violência contra mulheres e reparar o relacionamento com a população indígena é crucial para o futuro do país. Mais de 25% dos jovens canadenses têm sangue indígena.
“Eu sei que renovar o nosso relacionamento [com a comunidade indígena] é um objetivo ambicioso, mas também estou certo de que é um que nós podemos – e vamos – alcançar se trabalharmos juntos”, Trudeau disse recentemente, no anúncio da investigação nacional.
Ativistas esperam que a investigação reabra casos previamente abandonados e ajude famílias a buscar respostas sobre seus entes queridos.

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