Nordeste tem alta de casos da doença e de abandono de bebês
29 fev., 2016Bebê com microcefalia em comparação com um sem a doença (Foto: Wikimedia) |
“Muitas dessas mães são carentes, jovens e têm outros filhos para cuidar. O bebê com microcefalia surge como uma barreira. Algumas temem ser abandonadas pelos companheiros, como outras já foram. Estamos falando de pessoas que estão fragilizadas e por isso precisam de apoio e orientação”, explica o psicólogo Valter Dutra.
Segundo Vanessa Van Der Linden Mota, neuropediatra e uma das primeiras profissionais de saúde a identificar a epidemia de microcefalia no estado, é preciso dar atenção a pacientes e aos seus familiares. “As mães precisam ser informadas para terem segurança de que seus filhos precisam de cuidados e amor e terão apoio para isso. Esse trabalho precisa chegar aos pais, irmãos, avós. A família toda precisa estar amparada por uma rede sólida de atenção profissional.”
Enquanto isso, um grupo de pais com filhos com microcefalia ajuda famílias de baixa renda para que elas não abandonem essas crianças. A Maternidade Dona Evangelina Rosa, localizada na região sul da cidade de Teresina, no Piauí, atende gestantes carentes. O grupo entra em contato com as famílias atendidas no hospital e oferece apoio e orientação para que os bebês sejam criados de forma adequada. O Piauí tem 40 casos de microcefalia já confirmados.
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