quarta-feira, 12 de junho de 2019

MARIA VAI COM AS OUTRAS #5: NÃO ME CHAMO MÃE

Uma cozinheira e uma professora de química contam como a maternidade afetou suas escolhas profissionais

25mar2019
As convidadas Nádya e Piti, pelo traço do ilustrador Caio Borges
As convidadas Nádya e Piti, pelo traço do ilustrador Caio Borges
Nádya Pesce da Silveira foi mãe nos anos 80, e fala sobre a decisão de deixar os filhos no Brasil ao fazer o doutorado e, alguns a anos depois, o pós-doutorado no exterior. A diretora do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul acredita que não teria tido o mesmo sucesso na carreira se tivesse aberto mão dessas oportunidades.

Já Piti Lacerda, ao ver sua rotina como cozinheira em um restaurante se tornar incompatível com a chegada da primeira filha, foi obrigada a abrir o próprio negócio para poder conciliar o trabalho e a maternidade. Hoje, grávida pela segunda vez, ela trabalha 7 dias por semana em sua confeitaria caseira. Só trabalhando em casa e sem patrão, Piti consegue dar conta dos cuidados com a filha.
No quinto episódio desta temporada do Maria vai com as outras, dedicado a como as questões relativas ao corpo da mulher se relacionam com o mercado de trabalho, as entrevistadas falam sobre gravidez, maternidade e escolhas profissionais.
Bloco 1
Nádya Pesce é diretora do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e mãe de dois filhos frutos de dois casamentos. Ao longo das trajetórias como química industrial e como mãe, enfrentou dúvidas e julgamentos de familiares e colegas de trabalho sobre suas escolhas profissionais – fosse pelas jornadas exaustivas no laboratório, fosse pela decisão de fazer sua Pós-Graduação no exterior.

Bloco 2
Mãe de uma menina e grávida de outra, Piti Lacerda decidiu dar uma guinada em sua trajetória profissional depois de uma gravidez não planejada, e deixou o emprego como auxiliar em um restaurante tradicional para trabalhar como autônoma na cozinha de casa. Além das reflexões sobre a maternidade sendo tratada como problema por alguns chefes e colegas, ela fala sobre divisão doméstica do trabalho e da dificuldade para amamentar – experiências que ela já está acostumada a dividir numa comunidade online chamada Não me chamo mãe, que emprestou o nome ao episódio.

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