quarta-feira, 9 de outubro de 2013

DF, PA e RJ lideram ranking nacional de busca pelo Ligue 180

Ministra Eleonora Menicucci, da SPM, chama a atenção para a gravidade da violência em todo o Brasil 
 
A população feminina do Distrito Federal (DF) continua a se destacar das demais unidades federativas em acesso à Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR). De janeiro a junho deste ano, a taxa de registro alcançou 673,53 por 100 mil mulheres, mantendo o DF no primeiro lugar do levantamento por unidade federada, a exemplo do mesmo período de 2012, quando apresentou 625,69. Confrontados os dois períodos, houve aumento de 7,65% em 2013.
 
A vice-liderança foi ocupada pelas paraenses, com taxa de 458,40. Na comparação com o registro no primeiro semestre de 2012, houve redução de 11,15% - quando verificados 515,94 atendimentos a cada 100 mil brasileiras. A terceira posição ficou com o Rio de Janeiro, com taxa de 431,50 buscas. O estado do Amazonas continua a figurar na 27ª classificação no panorama nacional de acesso ao Ligue 180, com taxa de 82,50, nesse primeiro semestre do ano, expondo redução de 15,22% dos atendimentos na comparação com o mesmo período de 2012.
 
“Ao traçar o panorama dos pedidos de ajuda e de informação sobre direitos e a Lei Maria da Penha, a SPM reforça o seu compromisso de sensibilizar a sociedade brasileira para a gravidade da violência contra as mulheres”, diz a ministra Eleonora Menicucci, da SPM.
 
Unidade Federativa

Ranking de registro por taxa da população feminina (por 100 mil)

UF
1º Semestre 2013
1º Semestre 2012
Comparação
(%)
Taxa
Posição
Taxa
Posição
Distrito Federal
673,53
625,69
7,65%
Pará
458,40
515,94
-11,15%
Rio de Janeiro
431,50
456,80
-5,54%
Alagoas
425,18
401,44
5,91%
Espírito Santo
418,73
490,91
-14,70%
Bahia
418,38
512,40
-18,35%
Amapá
398,49
305,38
12º
30,49%
Sergipe
393,23
392,48
0,19%
Mato Grosso do Sul
380,10
473,90
-19,79%
Maranhão
342,75
10º
365,50
10º
-6,22%
Goiás
297,27
11º
279,74
15º
6,27%
Piauí
283,23
12º
456,60
-37,97%
Pernambuco
275,44
13º
281,57
13º
-2,18%
Rio Grande do Sul
263,91
14º
259,79
16º
1,59%
Rondônia
261,18
15º
173,47
25º
50,56%
Minas Gerais
257,03
16º
280,52
14º
-8,37%
São Paulo
244,89
17º
239,13
18º
2,41%
Mato Grosso
244,77
18º
224,90
21º
8,84%
Paraná
234,66
19º
255,69
17º
-8,22%
Acre
229,91
20º
228,81
20º
0,48%
Rio Grande do Norte
218,78
21º
337,78
11º
-35,23%
Tocantins
215,42
22º
234,95
19º
-8,31%
Paraíba
210,78
23º
201,92
23º
4,39%
Roraima
171,71
24º
212,27
22º
-19,11%
Santa Catarina
153,91
25º
150,77
26º
2,08%
Ceará
140,85
26º
173,58
24º
-18,86%
Amazonas
82,50
27º
97,31
27º
-15,22%
  Fonte: Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180/SPM 
 
No primeiro semestre deste ano, os estados do Amapá e de Rondônia tiveram aumento expressivo na taxa de registros: 30,49% e 50,56% respectivamente. Em 2012, Rondônia ocupava a 25ª posição, ascendeu à 15ª, assim como o Amapá, que ocupava a 12ª, chegou à sétima posição. 
 
No Nordeste, Alagoas estava na oitava posição, no primeiro semestre no ano passado, e subiu à quarta posição, em 2013. Para a SPM, as taxas dos atendimentos revelam a disseminação da informação nos estados, seja por meio de campanhas de enfrentamento à violência contra as mulheres ou por qualquer tipo de divulgação, fatores que facilitam o acesso das vítimas ao serviço.
 
Políticas públicas - Por meio do programa ‘Mulher, Viver sem Violência’ e do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, o governo federal está reforçando as políticas de combate à violência doméstica, familiar e sexual nos estados, no DF, nas capitais, em municípios-polo, em áreas rurais e regiões de fronteiras secas.  
 
“Estamos percorrendo o Brasil para que os serviços cheguem às mulheres, fazendo a entrega de 54 unidades móveis para o campo e a floresta, duas para cada unidade federativa. O trabalho da SPM se baseia na integração e na humanização dos atendimentos, com ações estratégicas estabelecidas pelo ‘Mulher, Viver sem Violência’ e investimentos que somam R$ 305 milhões, até o final do próximo ano, a serem alocados em políticas do governo federal, estaduais e municipais”, explica a ministra Eleonora. 
 
Integração - Serviços públicos de segurança, justiça, saúde, assistência social, acolhimento, abrigamento e orientação para trabalho, emprego e renda passarão a ser integrados por meio do ‘Mulher, Viver sem Violência’. Lançada pela presidenta da República, Dilma Rousseff, e pela ministra Eleonora, da SPM, em março deste ano, a iniciativa propõe, aos governos estaduais, estratégias para melhoria e rapidez no atendimento às vítimas da violência de gênero.
 
O programa - Coordenado pela SPM - reforça a rede existente de serviços públicos do governo federal, estados, Distrito Federal, municípios, tribunais de justiça, ministérios e defensorias públicas, por meio do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
 
O ‘Mulher, Viver sem Violência’ é formado por seis eixos estratégicos: construção, reforma predial, equipagem e manutenção da Casa da Mulher Brasileira – uma por capital; transformação da Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 em disque-denúncia; organização dos serviços na saúde e na coleta de vestígios de crimes sexuais, em parceria com os ministérios da Saúde e da Justiça; criação de seis centros de atendimento em fronteiras secas para enfrentar o tráfico de mulheres; campanhas continuadas de comunicação para prevenção da violência; e unidades móveis para o acolhimento de mulheres rurais. 
 
Tem investimento total de R$ 305 milhões, somados ao orçamento inicial os R$ 30 milhões para a aquisição de 54 ônibus e os R$ 10 milhões referentes à manutenção dos veículos, que circularão no interior do estado levando serviços de segurança pública e de justiça às mulheres rurais.

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