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terça-feira, 6 de março de 2012


Nos EUA, a maioria das mães com até 30 anos é solteira

“Isso se chamava ilegitimidade. Agora é o novo normal”. Com essa frase começa uma ótima reportagem publicada no último fim de semana pelo jornal “New York Times” (cuja íntegra você pode ler, em inglês, aqui). Nela, os autores Jason DeParle e Sabrina Tavernise se debruçam sobre a nova família americana e analisam dados como este: nos EUA, a maioria das mulheres que têm um filho antes dos 30 não é casada.
Jason e Sabrina mostram o lado ruim e o bom da nova realidade. O ruim: mais mães solteiras jovens significam, em grande medida, mais pobreza. Em cidades onde a crise apertou, como a pequena Lorain (Ohio), homens que trabalhavam como operários eram os provedores. Hoje, não conseguem mais sustentar uma família e se tornaram, por isso, menos “necessários” financeiramente. Outro motivo, este mais óbvio, é que manter um lar apenas com o salário da mãe é mais difícil que fazê-lo com duas fontes de renda.
O bom: as jovens americanas não estão correndo para o altar por pressão social ou necessidade de fechar as contas no fim do mês. Isso é uma grande diferença se pensarmos que, há 50 anos, um terço dos casamentos realizados nos EUA eram apressados por uma gravidez. “A vida em família hoje significa satisfação pessoal e auto-desenvolvimento”, diz o sociólogo Andrew Cherlin.
Talvez por isso, Amber Strader, 27, não quis se casar em nenhuma das duas vezes em que engravidou. O pai do primeiro filho, conta, dependia dela até para comprar os próprios cigarros. Casar-se com ele, diz Amber, seria “como viver com outra criança”. Outras mulheres, como a jovem Brittany Kidd, 21, dizem evitar o casamento para não recriar os lares despedaçados onde cresceram (leia-se divórcio e a instabilidade financeira e emocional que se segue). “Amo meu namorado, mas não quero terminar como minha mãe”, disse ela ao NYT. Para essas garotas, se o parceiro não parece apto a se tornar um bom companheiro, não há por que dividir a casa com ele. Isso vale mais ainda nas classes mais baixas, em que os homens parecem menos dispostos a dividir tarefas domésticas e tomar decisões em conjunto.
O preço dessa independência, no entanto, parece ser a qualidade de vida. A matéria cita um estudo da Bowling Green State University que diz: crianças de pais casados têm, em média, resultados melhores no que se refere a “educação, vida social, cognição e comportamento”. Um exemplo de como a paternidade compartilhada pode ser melhor é o de Lisa Mercado, que estuda enfermagem, trabalha à noite e precisa deixar a filha de 6 anos com parentes sempre que está fora. “Quero fazer coisas com ela”, diz Lisa, “mas acabo pegando no sono”.

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