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segunda-feira, 31 de março de 2014

Ministra reconhece que é preciso ‘fazer mais’ após pesquisa do Ipea

Segundo levantamento, 572 mil mulheres são estupradas por ano

A ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, classificou como “lamentável” o resultado do levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que indica que 527 mil mulheres, adolescentes e crianças são estupradas por ano país. A ministra reconhece que o governo tem que fazer “muito mais” para combater a violência contra a mulher e defende novas campanhas de sensibilização.

- Como gestora nacional tenho a responsabilidade de dizer que estamos fazendo, que vamos fazer cada vez mais. Que estamos universalizando o acesso às mulheres aos serviços de atendimento. Mas é preciso fazer muito mais, sobretudo campanhas – disse a ministra.

- Não podemos nunca esquecer que estupro é um ato cultural, patriarcal, machista e sexista. E são, sem dúvida nenhuma, as mulheres negras as mais violentadas no nosso país, porque são as mais pobres.

A ministra avalia que a política do governo está na direção certa. Ela destacou que houve aumento nos atendimentos pelo telefone 180, número da central de atendimento à mulher. Segundo Menicucci, em seis meses o governo aumentou a cobertura de atendimento de 17 para os 23 estados do país.

Por outro lado, Menicucci não concorda que o resultado seja um retrato do senso comum dos brasileiros. Ela aponta a necessidade de uma pesquisa mais aprofundada, e não apenas com resposta de sim ou não. O Ipea descobriu, por exemplo, que mais da metade da população tem a tendência de culpar as mulheres pelo estupro. De acordo com os dados, 65% dos entrevistados entendem que as mulheres que mostram o corpo “merecem ser atacadas”.

- Eu acho que é meio perigoso falar que reflete o senso comum. Reflete que senso comum? Eu não sei onde a pesquisa foi feita. Eu concordo que ela é mais um indicador para nós analisarmos as nossas políticas e melhorarmos – afirmou.

Ex-coordenadora do serviço de atendimento às mulheres na Escola Paulista de Medicina, a ministra ressalta que as mulheres procuram primeiro o serviço de saúde, para depois procurar uma delegacia. A pesquisa mostrou que apenas 10% dos casos de estupro chegam ao conhecimento da polícia.

- Em delegacias elas são muito maltratadas. Então, elas têm medo, vergonha - disse, lembrando também da violência do estupro em assaltos relâmpagos.

Menicucci destacou também a necessidade de investimento em mobilidade urbana.

- Uma cidade iluminada, um bairro iluminado e transporte público mais rápido, contribui para a diminuição da violência contra as mulheres. Os estupros nas ruas diminui muito se a cidade tiver estrutura.

http://www.compromissoeatitude.org.br/ministra-reconhece-que-e-preciso-fazer-mais-apos-pesquisa-do-ipea-o-globo-28032014/

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