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sábado, 23 de julho de 2016

Não deixar ninguém para trás: reconhecendo as mais velhas sobreviventes da violência de gênero

Declaração da administradora mundial do PNUD, Helen Clark, pelo Dia Mundial de Conscientização sobre o Abuso contra Pessoas Idosas.

GARANTIR QUE MULHERES DE TODAS AS IDADES ESTEJAM INCLUÍDAS EM TODOS OS ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO APROXIMARÁ DO CUMPRIMENTO DA AGENDA 2030 FOTO: PNUD BRASIL.

15 Junho 2016
do PNUD

Com a maior parte da discussão sobre violência baseada em gênero centrada em mulheres e meninas em idade reprodutiva, frequentemente se ignora a vulnerabilidade específica à violência de gênero contra mulheres idosas. Neste ano, porém, quando têm início os trabalhos para se implementar a Agenda 2030 e seu compromisso com “não deixar ninguém para trás”, a comunidade internacional tem poderosa oportunidade de reconhecer e tratar as múltiplas formas de violência que afetam as idosas.

Hoje, as Nações Unidas celebram o Dia Mundial de Conscientização sobre o Abuso contra Pessoas Idosas, que chama a atenção para o abuso, a violência e a negligência comumente invisíveis que pessoas de mais idade experimentam – sobretudo mulheres – mundo afora. Definido pela Organização Mundial da Saúde como mal afligido a pessoa com idade superior a 60 anos por meio de ato isolado ou repetido, o abuso contra idosos inclui violência física e sexual; exploração emocional ou financeira; negligência e abandono. Como resultado do impacto cumulativo de disparidades de gênero ao longo da vida, mulheres idosas estão particularmente vulneráveis a esse tipo de abuso.

A consciência sobre essa questão reflete-se nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o primeiro plano de ação que não estipula limite de idade para a coleta de dados sobre violência doméstica e sexual. Tradicionalmente, dados globalmente comparáveis são coletados de mulheres em idade reprodutiva, ou seja, entre os 15 e os 49 anos. Os indicadores do ODS 5 sobre violência contra mulheres medirão a prevalência da violência perpetrada por parceiro íntimo e violência sexual por não-parceiro entre pessoas “de 15 anos ou mais”, preparando o terreno para a mensuração de experiências de violência por mulheres de todas as idades.

O PNUD apoia seus parceiros na prevenção e na atenção à violência baseada em gênero e tem trabalhado para lidar com as necessidades de mulheres mais velhas e apoiá-las na condução de vidas produtivas e criativas.

Alguns exemplos incluem: 
  • Trabalhar com Ministérios da Saúde para capacitar os encarregados de administrar serviços essenciais, como os de violência de gênero e de testatem anti-HIV, a fim de mudar atitudes estigmatizadoras que atuam como barreiras ao acesso de idosas ao atendimento em saúde.  
  • Apoiar países na criação ou revisão de seus Planos Nacionais de Ação sobre a violência contra as mulheres ou a violência baseada em gênero de forma a incluir as mulheres idosas como população-chave, inclusive por meio da promulgação de leis que penalizem o maltrato de idosas ou a eliminação de leis que impedem viúvas de herdar terras e bens, o que  as deixa mais vulneráveis a mau-tratos.  
  • Ampliar a capacidade dos órgãos nacionais de estatística para coletar dados desagregados por idade e gênero para mulheres com mais de 49 anos

Com quase um quarto da população global feminina com 50 anos de idade ou mais, não teremos êxito na prevenção ou na resposta adequada à violência de gênero se não reconhecermos e formos ao encontro das necessidades desse segmento populacional. Garantir que mulheres de todas as idades estejam incluídas em todos os aspectos do desenvolvimento e recebam apoio enquanto colaboradoras em suas famílias, comunidades e nações nos aproximará do cumprimento do ideal de “não deixar ninguém para trás.”

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