Movimento #MeToo provocou uma mudança social em todo o mundo depois das acusações de abusos feitas a Harvey Weinstein
AMANDA MARS
Washington
El País
A revista Time consagrou nesta quarta-feira como personalidade do ano as mulheres que romperam o silêncio em relação ao assédio sexual, as mesmas que em seguida provocaram o desencadeamento do conhecido movimento #MeToo, que gerou uma mudança social nos Estados Unidos e no restante do mundo depois que vieram a público os abusos sexuais praticados pelo magnata de Hollywood Harvey Weinstein, o produtor acusado de assédio e abuso sexual por dezenas de mulheres da indústria cinematográfica norte-americana.
A publicação norte-americana chama esse grupo de mulheres de “The Silence Breakers” (“As que rompem o silêncio”). Esse movimento designa um amplo leque de pessoas, em sua maioria mulheres, desde as primeiras a enfrentar Weinstein até as demais que compartilharam suas histórias pessoais de assédio e abuso sexual por médio da hashtag #MeToo e seus equivalentes em outros idiomas.
A Time destaca que as mulheres que se levantaram contra o assédio sexual“abrangem todas as raças, todas as classes de renda, todas as profissões e praticamente todos os cantos do mundo”. “Sua ira coletiva gerou resultados imediatos e impactantes”, afirma a revista.
Em 2016, o prêmio, promovido anualmente pela Time, coube a Donald Trump. O magnata foi escolhido por “lembrar à América que a demagogia se alimenta do desespero e que a verdade é tão poderosa como a confiança que temos naqueles que a pronunciam”. O republicano obteve a premiação, saindo de uma lista que incluía sua adversária nas eleições, Hillary Clinton, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan e a cantora Beyoncé, “por dar poder a um eleitorado oculto, transmitindo sua fúria e expondo seus temores diretamente”. Em edições anteriores, foram premiados o presidente da China, Xi Jinping, e o líder norte-coreano Kim Jong-un, entre outros.
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