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terça-feira, 18 de junho de 2019

'Purl', o curta da Pixar que explica os efeitos da masculinidade tóxica no trabalho


REPRODUÇÃO/PIXAR/MONTAGEM/HUFFPOST BRASIL

Curta traz a história de um novelo de lã que abre mão de sua personalidade pra se encaixar nos padrões.
HuffPost Brasil
By Andréa Martinelli
04/04/2019
O nome dela é Purl. Ela é um novelo de lã cor-de-rosa. Com simpatia, animação e muito interesse, ela dá início ao seu primeiro dia de trabalho em uma nova empresa. Como funcionária da startup fictícia B.R.O, ela cria estratégias para ser vista, aceita e respeitada em um ambiente majoritariamente masculino. 

Esta é a história de Purl, a nova animação da Pixar que, em apenas 9 minutos,  retrata de forma lúdica e educativa quais são os efeitos da masculinidade tóxica e da falta de diversidade no ambiente corporativo e no mercado de trabalho.
Dirigido por Kristen Lester e a produzido por Gillian Libbert-Duncan, o curta foi lançado no YouTube e é o primeiro do estúdio que foi distribuído inicialmente na internet, como resultado do projeto SparkShorts, que prioriza novos talentos.
Durante o expediente, a pequena Purl ― único novelo de lã entre os homens brancos e de terno ― se depara com a exclusão, portas (literalmente) fechadas, interrupções constantes e, então, é forçada a se adaptar para ser vista, ouvida e reconhecida. Ela se “auto-tricota” como um terno e conquista respeito.
Assista abaixo:
Em entrevista ao canal Meet the Filmmakers — que também pertence à Pixar ― Lester contou que o curta é baseado em sua primeira experiência como animadora profissional.
“Eu era a única mulher na sala, e assim, para fazer o que eu mais amava, eu meio que me tornei ‘um dos caras’. E então eu comecei a trabalhar na Pixar com equipes femininas pela primeira vez, e isso realmente me fez perceber quanto do meu aspecto próprio eu tinha deixado para trás”.
A realidade
Em detrimento do movimento #MeToo e outros casos de assédio que vieram a público, no ano passado, o estado de Nova York e a prefeitura da Cidade de Nova York aprovaram, conjuntamente, leis que endurecem o combate ao assédio no ambiente de trabalho. Uma das especificidades é um treinamento sobre o tema, que pode ser feito presencialmente ou virtualmente.
Dentro da realidade brasileira, quatro em cada dez mulheres (42%) já sofreram assédio sexual. Entre adolescentes e jovens, o número é ainda mais: 56% já foram assediadas nas ruas, transporte público, no trabalho, na escola ou faculdade e até em casa, aponta levantamento recente do Datafolha.
O curta foi produzido após a saída do produtor, John Lasseter, de 61 anos, que foi acusado de assédio e conduta imprópria no ambiente de trabalho no ano passado. Ele é um dos fundadores da Pixar.
À época, funcionários relataram que se sentiam constantemente “desrespeitados e desconfortáveis” com a postura dele, que era considerado o homem mais poderoso e influente da animação nos Estados Unidos.
A Disney/Pixar informou que mais projetos como este, feitos pela iniciativa SparkShorts serão lançados ao longo de 2019. No Oscar deste ano, o curtaBao venceu na categoria de Melhor Curta-Metragem.

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