“Qualquer coisa é preferível a um casamento sem afeto.”
TAMO JUNTO
Maija Kappler
04/03/2020
Existe uma tendência a supor (falsamente) que pessoas que não estão em relacionamentos românticos são “incompletas” ou que mentem quando dizem que vivem felizes como solteiras.
Algumas pessoas querem relacionamentos, mas prestamos um desserviço aos solteiros quando supomos automaticamente que isso se aplique a eles. Mesmo porque descobrimos que muitas das ideias que a sociedade tinha sobre a solteirice e a felicidade estavam erradas.
“Existe uma visão equivocada de que estar sozinho e sentir solidão são a mesma coisa”, comentou o professor da Universidade Hebraica Elyakim Kislev, cujas pesquisas passadas trouxeram à tona os benefícios da vida de solteiro, falando ao HuffPost Canadá.
Os resultados de seu trabalho coincidem com outras pesquisas segundo as quais ― longe de serem representadas pelo estereótipo da solteirona que se cerca de gatos, com o qual já estamos tão acostumados –, as mulheres solteiras e sem filhos são na realidade bem mais felizes e saudáveis que as casadas, com filhos.
No espírito da solteirice feliz, reunimos algumas figuras históricas que viveram muito bem sem terem uma cara metade.
Existe uma tendência a supor (falsamente) que pessoas que não estão em relacionamentos românticos são “incompletas” ou que mentem quando dizem que vivem felizes como solteiras.
Algumas pessoas querem relacionamentos, mas prestamos um desserviço aos solteiros quando supomos automaticamente que isso se aplique a eles. Mesmo porque descobrimos que muitas das ideias que a sociedade tinha sobre a solteirice e a felicidade estavam erradas.
“Existe uma visão equivocada de que estar sozinho e sentir solidão são a mesma coisa”, comentou o professor da Universidade Hebraica Elyakim Kislev, cujas pesquisas passadas trouxeram à tona os benefícios da vida de solteiro, falando ao HuffPost Canadá.
Os resultados de seu trabalho coincidem com outras pesquisas segundo as quais ― longe de serem representadas pelo estereótipo da solteirona que se cerca de gatos, com o qual já estamos tão acostumados –, as mulheres solteiras e sem filhos são na realidade bem mais felizes e saudáveis que as casadas, com filhos.
No espírito da solteirice feliz, reunimos algumas figuras históricas que viveram muito bem sem terem uma cara metade.
Greta Garbo
Antes de Greta Gerwig ou Greta Thunberg, a Greta mais famosa do planeta era uma glamurosa atriz sueca que não tinha paciência nem vontade de se casar.
No filme Grande Hotel, de 1932, a personagem de Garbo soltou uma frase que ficaria famosa, “quero ficar só”, que seria ligada à atriz pelo resto de sua vida. Greta Garbo teve alguns relacionamentos na vida, incluindo um relacionamento intermitente com John Gilbert, que contracenou com ela em vários filmes. Gilbert chegou a pedi-la em casamento, mas Garbo disse “não.”
“Eu estava apaixonada por ele, mas congelei”, ela contaria mais tarde à revista New York. “Tive medo de que ele quisesse me dar ordens. Eu queria ser a chefe eu mesma, sempre.”
Garbo nunca se casou e nunca teve filhos. Quando morreu, deixou sua herança considerável para sua sobrinha.
Jane Austen
Os livros dessa escritora eram histórias de amor, sim, mas também tratavam de como a pressão social e as imposições financeiras tinham o poder de encurralar as mulheres em casamentos sem amor ou então fadá-las a viver na pobreza.
A carreira literária deu a Jane Austen algo ao qual poucas mulheres na época tinham acesso: dinheiro próprio suficiente para não ser obrigada a aceitar um casamento que não fosse do seu agrado. Inicialmente, ela aceitou um pedido de casamento de um homem rico, mas que não a agradava, chamado Harris Bigg-Wither, mas mudou de ideia de um dia para o outro e acabou rejeitando no dia seguinte ao pedido.
Numa carta que escreveu posteriormente a sua sobrinha, Fanny Catherine Knight, Austen a aconselhou a não se casar com alguém se não tivesse certeza absoluta de seus sentimentos. Fanny estava confusa em relação ao que sentia por seu pretendente.
“Qualquer coisa é preferível a um casamento sem afeto”, escreveu Austen. “Se os defeitos de modos, etc, etc, dele chamarem sua atenção mais que todas suas qualidades boas, se você continuar a pensar fortemente nesses defeitos, desista dele imediatamente.”
Leonardo da Vinci
Leonardo da Vinci foi pintor, escultor, arquiteto e inventor de talento extraordinário que também se interessou por ciência, matemática, literatura, geologia, música, astronomia, paleontologia, hidrologia, botânica e cartografia.
Como você provavelmente pode imaginar, isso não lhe deixava muito tempo para namorar.
Muito já se especulou sobre a sexualidade de Leonardo. Muitos historiadores acreditam que ele tenha sido gay, apesar de sem dúvida ter tido relacionamentos emocionalmente íntimos com mulheres. Mas há também uma escola de pensamento para a qual ele teria sido celibatário. Uma das únicas referências a sexo (heterossexual) nos muitos cadernos que ele deixou expressa repulsa diante do conceito.
Coco Chanel
A estilista icônica teve inúmeros casos de amor e vários relacionamentos importantes, mas nunca chegou a se casar. Ela teria declarado certa vez: “Nunca quero pesar mais sobre um homem do que pesaria um passarinho”.
Agora uma coisa negativa: as evidências de que ela teria trabalhado como espiã nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
William Lyon Mackenzie King
O primeiro-ministro mais bizarro que o Canadá já teve nunca chegou a se casar, mas fez muitas outras coisas bacanas, incluindo comunicar-se com seus cachorros mortos, com a ajuda de médiuns. Quem tem tempo para o amor romântico quando precisa colocar as notícias em dia com seu pet falecido?
Nikola Tesla
Seu biógrafo, Marc J. Seifer, escreveu que, apesar de seu bigode bonitinho, o físico e inventor era demasiado dedicado ao trabalho para dedicar tempo ao amor. E havia mais: ele achava que o celibato o ajudava a ter concentração maior.
Segundo um artigo de um jornal de Galveston, Texas, encontrado por um blogger que escreve sobre engenharia, Tesla tinha algumas ideias esdrúxulas sobre mulheres. Inicialmente, disse que nunca poderia se casar porque as mulheres eram boas demais para ele (conte outra!). Mas, mais tarde, quando as mulheres foram conquistando mais direitos e liberdades, Tesla teria rejeitado a ideia de “a mulher para quem seu maior sucesso na vida consiste em tornar-se como um homem, na medida do possível” (vaias!).
Alvin Ailey
O pioneiro coreógrafo e dançarino moderno era gay, algo que não pode ter sido fácil para alguém que cresceu na década de 1930, nem sequer quando ele ganhou fama com o hoje legendário Alvin Ailey American Dance Theater, em 1958.
Alvin Ailey era conhecido por guardar sigilo em torno de sua vida pessoal, e há muito que desconhecemos a seu respeito. Mas sabemos que ele adotou a abordagem de “minha vida é meu trabalho”, abrindo mão de relacionamentos importantes para focar sua atenção sobre a dança.
Rainha Elizabeth I
Elizabeth I ficou conhecida como a “Rainha Virgem”, não porque fosse literalmente virgem – é muito provável que tivesse vida sexual ―, mas porque nunca se ligou romanticamente a ninguém. Elizabeth levava muito a sério suas responsabilidades de rainha; ela não queria ser obrigada a dividir o poder com alguém nem correr o risco de ser acusada de se deixar influenciar por um marido. “Já estou comprometida com um marido, que é o Reino da Inglaterra”, ela disse certa vez.
Mas não foi apenas o enfoque sobre sua vocação que a impediu de encontrar um companheiro – segundo todos os relatos, Elizabeth simplesmente não quis se casar.
“Se eu seguisse a inclinação de minha natureza, seria esta”, ela disse certa vez. “Prefiro de longe ser mendiga e solteira a ser rainha e casada.”
Isaac Newton
O astrônomo e físico Isaac Newton era fortemente introvertido e aparentemente não se interessava especialmente pelo amor romântico. Após sua morte, seu amigo Voltaire escreveu: “Ao longo dos muitos anos de vida que desfrutou, sir Isaac nunca se rendeu a nenhuma paixão, não foi sujeito às fragilidades comuns da humanidade e nunca teve relações com mulheres”.
Mary Cassatt
A pintora impressionista Marie Cassat desfrutou as liberdades que o feminismo conquistara para as mulheres de sua estatura privilegiada na virada do século 20, entre elas o direito a uma vida independente. Cassat era altamente instruída e muito viajada. Ela se manifestou publicamente sobre a importância do sufrágio feminino.
Cassat conheceu muito amor da família, tanto que é conhecida sobretudo por suas telas que retratam com clareza, mas sem rodeios, os laços que unem pais e filhos. Mas o amor que ela desfrutou veio de seus relacionamentos com seus sobrinhos e sobrinhas; ela optou por não se casar e não ter filhos.
Henry David Thoreau
Muitas teorias já foram aventadas para explicar por que o escritor nunca se casou e não parece ter tido relacionamentos importantes em sua vida. Para alguns estudiosos, Thoreau teria sido gay ou então assexual; outros teorizam que ele pode ter sentido ansiedade em relação ao sexo, devido às suas posições morais fortes. Fosse qual fosse a razão, ele optou por se manter solteiro.
Louisa May Alcott
Como Jo de seu livro mais conhecido, Mulherzinhas, Louisa May Alcott era independente e se preocupava em promover o lugar da mulher no mundo. Diferentemente de Jo, porém, ela nunca chegou a se casar.
“Prefiro ser uma solteira livre e remar minha própria canoa”, ela escreveu em seu diário.
Wilt Chamberlain
A prova definitiva de que não se casar NÃO SIGNIFICA que você precise viver uma vida de tédio ou celibato: o legendário jogador de basquete Wilt Chamberlain dizia ter feito sexo com 20 mil mulheres. Mas, aparentemente, respeitava os laços de matrimônio o suficiente para evitar as mulheres casadas. “Eu apenas fazia o que era natural – corria atrás de mulheres bonitas, fossem elas quem fossem e onde quer que estivessem.”
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