Uma reflexão sobre a centralidade das mulheres nas profissões e nos papéis de cuidado e sobre a urgência de cuidar de quem cuida.
HuffPost Brasil
Vivemos momentos que testam as nossas ideias, os nossos valores e as nossas práticas. E se quisermos olhar para o futuro sem medo, este é precisamente o momento de cuidar. Pois para sairmos desta crise mais fortes, precisamos cuidar dos mais fracos. Para termos comunidades mais saudáveis, precisamos cuidar dos doentes. De forma especial, precisamos reconhecer e cuidar das mulheres e meninas, responsáveis por mais de três quartos do cuidado não remunerado e que compõem dois terços da força de trabalho envolvida em atividades de cuidado remuneradas.
Talvez exista algo que todos nós possamos fazer. Começando por reconhecer que estamos privados de algo que é parte de nossa humanidade: o convívio social, pelo menos em sua forma presencial. O confinamento necessário neste momento, aumenta a nossa vulnerabilidade emocional e as sensações de ansiedade e de medo são naturais. A primeira coisa que cada um de nós pode fazer, para nos redimir da solidão, é nos disponibilizarmos a escutar. Escutar sem julgamentos é uma forma de dizer, sem a intermediação das palavras: eu te reconheço, eu te valorizo, eu te acolho.
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