"Existe uma síndrome da contratação do clone. Você quer contratar uma pessoa igualzinha a você, com as mesmas fortalezas. Alguém muito parecido com você te ameaça menos."
Davi Rocha
08/05/2020
TAMO JUNTO
Em janeiro deste ano foi lançada uma pesquisa chamada “Futuro do trabalho na visão das gerações”, realizada pelo Meio e Mensagem e pelo Twitter. A proposta era retratar as expectativas, ansiedades e medo das Gerações X e Z. Um dos dados mais interessantes foi o que mostrou que 72% dos entrevistados acreditava que a diversidade deve ser uma realidade do futuro.
No episódio 13 do podcast do Tamo Junto nós conversamos com a estrategista Cintia Gonçalves, uma das organizadoras da pesquisa, que nos disse que ficou surpresa com este resultado. ”É interessante quando a gente conecta diversidade com o futuro do trabalho, pois devia ser um tema do passado do trabalho, né?”.
No episódio 13 do podcast do Tamo Junto nós conversamos com a estrategista Cintia Gonçalves, uma das organizadoras da pesquisa, que nos disse que ficou surpresa com este resultado. ”É interessante quando a gente conecta diversidade com o futuro do trabalho, pois devia ser um tema do passado do trabalho, né?”.
Ela também acredita que ainda há muito o que evoluir, e isso precisa ser feito urgentemente.
“Na minha visão, a gente tem muito, muito, muito que andar. E aqui eu separo o discurso da prática: falar em diversidade é muito fácil, talvez não seja pra todo mundo, talvez seja difícil para algumas pessoas. Porém, fazer acontecer de verdade é o grande desafio”, diz. “Quando a gente fala que o futuro do trabalho é muito mais colaborativo, aceitar as diferenças quaisquer que elas sejam é trabalhar melhor, ter ideias mais diferentes é ter diferenciais competitivos.”
Cintia nos contou também sobre algo que chamou de síndrome de contratação do clone – que pode dificultar, e muito, essa evolução da diversidade no ambiente de trabalho.
“Fui sócia da Almap, trabalhei mais de 20 anos no mercado publicitário e eu lembro que eu comentava com as minhas equipes que existe uma síndrome da contratação do clone. Você quer contratar uma pessoa igualzinha a você, e isso tem a ver com a própria personalidade, com a personalidade parecida com você. Uma pessoa que tem as mesmas fortalezas que você. Alguém que é muito parecido com você te ameaça menos”.
“Quando você contrata uma pessoa muito diferente, você está contratando uma ameaça, e isso é muito bacana. Mas você precisa estar aberto a lidar com isso. Quando você tem um líder que está aberto a contratar o diferente, e montar uma equipe que muitas vezes a pessoa que está abaixo é melhor que ele em alguma coisa, esse time fica muito mais seguro e se sente muito mais valorizado”
Em nossa conversa no podcast, nós também falamos sobre como lidar e ficar bem com o home office (ou seria o ‘hell office’?) nesse momento de pandemia do novo coronavírus, criatividade, felicidade, trabalho colaborativo, desemprego e incertezas que envolvem o futuro.
Ainda nos perguntamos se é possível separar nossas vidas pessoais e trabalho e falamos sobre outro tema muito importante: a saúde mental no ambiente de trabalho.
Ouça o episódio completo no Spotify, na Deezer, no Google Podcasts e na Apple Podcasts.
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