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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Registros de estupro aumentam em 19 cidades da região de Campinas

19/08/2014

Do total, 16 municípios que tiveram casos têm menos de 100 mil habitantes.
No 1º semestre deste ano Rafard teve quatro registros, e nenhum em 2013.

Do G1 Campinas e Região

O número de casos registrados de estupro aumentou em 19 cidades da região de Campinas (SP) no primeiro semestre deste ano. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP), 16 municípios dessa lista têm menos de 100 mil habitantes. Rafard, por exemplo, não teve ocorrências em 2013 entre janeiro e junho, e este ano foram quatro registros. Em Monte Mor, a quantidade de ocorrências passou de quatro para 16.

Campinas teve 134 ocorrências, contra 130 no mesmo período do ano passado. As outras cidades maiores que registraram aumento dessa violência são Mogi Guaçu e Hortolândia. Os demais municípios menores que fazem parte da estatística são Amparo, Artur Nogueira, Capivari, Engenheiro Coelho, Estiva Gerbi, Holambra, Iracemápolis, Mogi Mirim, Monte Alegre do Sul, Nova Odessa, Paulínia, Santo Antônio do Jardim, Socorro e Vinhedo.


Monte Mor é uma das cidades que teve aumento no registro de casos de estupro (Foto: Alfredo Morgante / EPTV)
Monte Mor teve aumento no registro de casosde estupro. (Foto: Alfredo Morgante / EPTV)
Segundo o especialista em segurança Adalberto Santos, o número de ocorrências pode ser maior do que o registrado pela SSP porque é comum as pessoas não registrarem os casos. Já a SSP informou que o aumento aconteceu porque as vítimas estão mais conscientes e denunciando mais.

Agressor e vítima
Nas cidades pequenas, ainda segundo o especialista, os estupradores costumam ser pessoas próximas da vítima, que pertencem ao núcleo familiar. "O próprio convívio faz com que se calem. E tem a questão do constrangimento das pessoas, todas se conhecem. Num caso desses, sempre causa mais mal estar para aquela comunidade", explica Adalberto.

O trauma afeta toda a família. Uma mulher, que preferiu não ser identificada, presenciou uma pessoa tentando abusar da irmã. "Até então a gente achava que era uma pessoa de boa índole, que respeitava família, respeitava criança. Foi uma faca que enfiou no peito uma violência dessa", conta.

Para o psiquiatra Geraldo José Ballone, as vítimas desse crime costumam ter o diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático. "Ao longo da vida pode ser que a pessoa desenvolva outras patologias relacionadas a essa experiência", afirma.

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