Nova metodologia que inclui receita com tráfico de drogas e prostituição levou país a revisar dado negativo do PIB do 1º trimestre
Tráfico de drogas e prostituição tiram Itália da recessão econômica (Raymond Roig/AFP/VEJA)
Atividades ilegais relacionadas ao tráfico de drogas e à prostituição "tiraram" a Itália da recessão. A terceira maior economia da zona do euro revisou, nesta quarta-feira, o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2014, de queda de 0,1% para estagnação. A revisão foi possível graças a mudanças metodológicas adotadas na União Europeia. O novo sistema, conhecido como SEC 2010, inclui a receita de tráfico de drogas e prostituição.
No segundo trimestre, a economia italiana registrou retração de 0,2%, resultado que não foi revisado. Dois trimestres consecutivos de contração configuram uma recessão técnica.
A nova metodologia também muda a maneira como os gastos com pesquisa e armamentos são classificados nos cálculos do PIB, o que deve fortalecer o desempenho econômico da Itália este ano. Com isso, o primeiro-ministro, Matteo Renzi, terá mais espaço para manter o déficit do orçamento abaixo do limite da União Europeia, de 3%.
Para se ter uma ideia, no caso do Reino Unido, pesquisa do instituto nacional de estatística britânico apontou que a venda de drogas ilícitas e de serviços sexuais adiciona cerca de 37 bilhões de reais à economia a cada ano, o equivalente a 1% do PIB.
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