Segundo o Fundo de População da ONU, UNFPA, quase 25% das timorenses têm o primeiro filho antes de completar 20 anos de idade; entre as causas estão desigualdade de gêneros, violência a mulheres e falta de educação sexual.
O Fundo de População das Nações Unidas, UNFPA, informou que o alto número de casos de gravidez na adolescência no Timor-Leste deve-se a alguns fatores – incluindo violência e desigualdade de gêneros e falta de educação sexual.
Uma das mães adolescentes entrevistadas pelo UNFPA em Aileu afirmou que ela não sabia como as crianças eram concebidas. Aos 19 anos, e mãe de um bebê de um ano, ela contou que não aprendeu sobre o tema na escola.
A situação ficou ainda mais grave quando o pai da criança a abandonou e ela teve que sair do colégio.
Segundo o UNFPA, quase 25% das timorenses dão à luz antes de completar 20 anos. A gravidez na adolescência é seguida por casamentos precoces no país; 19% das meninas casam-se aos 18 anos.
A agência da ONU cita também altos índices de violência a mulheres e barreiras ao cuidado reprodutivo como outras causas do problema.
A especialista em juventude do UNFPA Candie Cassabalian afirma que o índice de violência entre parceiros é de 60% no Timor-Leste. E, muitas vezes, métodos contraceptivos só podem ser acessados com a autorização dos maridos.
Cassabalian disse ainda que as mulheres casadas, independentemente da idade, têm muito pouco controle sobre seus corpos.
Para o UNFPA, apesar de a educação sexual fazer parte do currículo escolar, muitos professores não se sentem à vontade para discutir o tema.
(Por Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque)
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