Dividido em 6 episódios, documentário será lançado pela Globoplay nesta sexta (13), às vésperas do assassinato de Marielle completar 2 anos.
By Amauri Terto
12/03/2020
A Globoplay, serviço de streaming da TV Globo, lança nesta sexta-feira (13) Marielle - O Documentário, produção documental dividida em seis episódios que conta a trajetória da vereadora Marielle Franco, assassinada em 14 de março de 2018, junto com o motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro.
A série marca o início da linha de produção de documentários feitos pela área de jornalismo da Globo para o serviço de streaming. O primeiro episódio será exibido na noite desta quinta (12) em rede nacional, após o Big Brother Brasil -e às vésperas do aniversário de dois anos do assassinato de Marielle e Anderson, em 14 de março, o que também aponta posicionamento político da emissora.
A série marca o início da linha de produção de documentários feitos pela área de jornalismo da Globo para o serviço de streaming. O primeiro episódio será exibido na noite desta quinta (12) em rede nacional, após o Big Brother Brasil -e às vésperas do aniversário de dois anos do assassinato de Marielle e Anderson, em 14 de março, o que também aponta posicionamento político da emissora.
Na semana passada, o HuffPost Brasil participou, junto com um grupo seleto de jornalistas, da exibição da primeira parte do documentário e antecipa detalhes do conteúdo da produção, além de informações de bastidores.
Marielle - O Documentário, dirigido pelo jornalista Caio Cavechini (ex-Profissão Repórter), chega ao público após cinco meses de trabalho de uma equipe de 14 profissionais.
A ideia é mostrar Marielle para além do símbolo político que se tornou desde sua eleição ― e nos últimos anos. A narrativa se divide entre os assassinatos, a investigação, o impacto nas famílias e o surgimento de fake news e, sobretudo, a história da vida de Marielle, 5ª vereadora mais votada em 2016 no Rio.
No primeiro episódio, exibido para a imprensa, áudios e os textos enviados por Marielle via WhatsApp são apresentados pela primeira vez ao público e usados como um desconcertante recurso narrativo.
Por meio deles fica-se sabendo, por exemplo, que no dia do atentado ela queria voltar logo para casa depois de um dia extenso de trabalho para cuidar da mulher, Mônica Benicio, que estava com sintomas de gripe.
Marielle foi assassinada junto com seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, no Rio, enquanto voltava, à noite, de um evento sobre mulheres negras. A investigação está sob sigilo e as linhas de apuração apontam para a participação de milícias e, ainda, para um crime político.
O PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira, acusados pelas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, serão julgados por júri popular. A decisão foi divulgada nesta semana e é assinada pelo juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.
Um ano depois, Ronnie e Élcio foram presos, mas os motivos dos assassinatos não foram esclarecidos e as investigações não indicam o mandante do crime.
Mulher negra, nascida na Favela da Maré, lésbica e defensora dos direitos humanos, Marielle denunciava abusos da Polícia Militar, atendia vítimas da milícia e dava apoio a policiais e às suas famílias atingidas pela violência.
Entre os materiais inéditos que o documentário traz e que recuperam a trajetória pessoal de Marielle, está um vídeo do aniversário de 15 anos dela, em que seus pais Antônio e Marinete, assim Anielle, sua irmã, aparecem em momentos de descontração junto com ela e convidados.
Em paralelo, a produção também reconta as últimas horas da vereadora e do motorista Anderson ― que havia se tornado pai há poucos meses - contadas em detalhes audiovisuais. Nesse contexto, causa impacto o depoimento de Fernanda Chaves - ex-assessora da vereadora e sobrevivente do atentado.
Nos outros cinco fragmentos do documentário, são abordadas a repercussão internacional do assassinato e as linhas de investigação do caso ― até o momento atual.
Segundo Caio Cavechini e Erick Brêtas, diretor de Produtos e Serviços Digitais da Globo, o documentário não tem intenção de investigar quem matou ou mandou matar Marielle, e sim “por que até hoje não descobriram” isso.
Para Brêtas, a morte da vereadora rompe com qualquer discussão relacionada à direita ou esquerda no contexto político. “Essa questão opõe civilização e barbárie. Nós temos um lado, escolhemos a civilização e, por isso, resolvemos jogar luz sobre o caso”, afirmou.
Marielle - O Documentário, dirigido pelo jornalista Caio Cavechini (ex-Profissão Repórter), chega ao público após cinco meses de trabalho de uma equipe de 14 profissionais.
A ideia é mostrar Marielle para além do símbolo político que se tornou desde sua eleição ― e nos últimos anos. A narrativa se divide entre os assassinatos, a investigação, o impacto nas famílias e o surgimento de fake news e, sobretudo, a história da vida de Marielle, 5ª vereadora mais votada em 2016 no Rio.
No primeiro episódio, exibido para a imprensa, áudios e os textos enviados por Marielle via WhatsApp são apresentados pela primeira vez ao público e usados como um desconcertante recurso narrativo.
Por meio deles fica-se sabendo, por exemplo, que no dia do atentado ela queria voltar logo para casa depois de um dia extenso de trabalho para cuidar da mulher, Mônica Benicio, que estava com sintomas de gripe.
Marielle foi assassinada junto com seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, no Rio, enquanto voltava, à noite, de um evento sobre mulheres negras. A investigação está sob sigilo e as linhas de apuração apontam para a participação de milícias e, ainda, para um crime político.
O PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira, acusados pelas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, serão julgados por júri popular. A decisão foi divulgada nesta semana e é assinada pelo juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.
Um ano depois, Ronnie e Élcio foram presos, mas os motivos dos assassinatos não foram esclarecidos e as investigações não indicam o mandante do crime.
Mulher negra, nascida na Favela da Maré, lésbica e defensora dos direitos humanos, Marielle denunciava abusos da Polícia Militar, atendia vítimas da milícia e dava apoio a policiais e às suas famílias atingidas pela violência.
Entre os materiais inéditos que o documentário traz e que recuperam a trajetória pessoal de Marielle, está um vídeo do aniversário de 15 anos dela, em que seus pais Antônio e Marinete, assim Anielle, sua irmã, aparecem em momentos de descontração junto com ela e convidados.
Em paralelo, a produção também reconta as últimas horas da vereadora e do motorista Anderson ― que havia se tornado pai há poucos meses - contadas em detalhes audiovisuais. Nesse contexto, causa impacto o depoimento de Fernanda Chaves - ex-assessora da vereadora e sobrevivente do atentado.
Nos outros cinco fragmentos do documentário, são abordadas a repercussão internacional do assassinato e as linhas de investigação do caso ― até o momento atual.
Segundo Caio Cavechini e Erick Brêtas, diretor de Produtos e Serviços Digitais da Globo, o documentário não tem intenção de investigar quem matou ou mandou matar Marielle, e sim “por que até hoje não descobriram” isso.
Para Brêtas, a morte da vereadora rompe com qualquer discussão relacionada à direita ou esquerda no contexto político. “Essa questão opõe civilização e barbárie. Nós temos um lado, escolhemos a civilização e, por isso, resolvemos jogar luz sobre o caso”, afirmou.
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