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domingo, 5 de novembro de 2017

Como pais estão contribuindo para o consumo de álcool dos filhos

Revisão brasileira desvenda os principais fatores familiares por trás do abuso de cerveja e afins entre jovens

Por Vand Vieira

27 out 2017

Saúde

Pouco mais da metade dos alunos que estão no primeiro ano do ensino médio no Brasil já experimentaram algum tipo de bebida alcoólica, segundo o levantamento mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São, para sermos exatos, 55% dos jovens entrevistados, o que representa 1,44 milhão de adolescentes e um aumento de quase 5% em comparação a 2012.

Motivados por pesquisas internacionais como essa, um grupo de cientistas australianos e holandeses  se debruçou sobre 131 estudos relacionados ao assunto para descobrir o papel que pais e mães desempenham nessas estatísticas. Pois dois pontos se sobressaíram: a quantidade de álcool disponível em casa e a relação que os adultos têm com cerveja, uísque e companhia influenciam bastante na idade dos primeiros goles.
De acordo com os responsáveis pela análise, se os pais costumam compartilhar experiências engraçadas ou agradáveis regadas a drinques, os filhos criam expectativas positivas sobre o hábito. E, claro, isso favorece a experimentação precoce.
“É fundamental orientar os mais novos sobre as consequências do consumo de bebidas alcoólicas para que eles façam escolhas saudáveis no presente e no futuro”, avalia Arthur Guerra, presidente executivo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), em São Paulo.
A questão é especialmente importante quando essa ingestão se torna abusiva ou se incita, anos pra frente, condutas perigosas, como dirigir bêbado. O que se pede, em resumo, é sinceridade sobre os efeitos do álcool.
Para facilitar essa tarefa, Guerra e seus colegas desenvolveram o livreto “Como Falar Sobre Uso de Álcool com Seus Filhos”, disponível no site http://www.cisa.org.br. O principal recado é evitar sermões, sendo claro, didático e imparcial na medida do possível.

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