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Dados da Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – apontam que apenas 28,8% dos pesquisadores acadêmicos do mundo são mulheres. Muitas vezes, a falta de perspectiva faz com que muitas brasileiras busquem no exterior o reconhecimento por seu trabalho. No entanto, esse nem sempre pode ser o melhor caminho. Se no Brasil há dificuldades, no exterior, o preconceito e as diferenças salariais são expostos de maneira muito explícita.
A professora Mayana Zats, geneticista do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da USP, lembra que veio a sofrer preconceito nos Estados Unidos, um país onde não se imaginaria que isso ocorresse. “Lá, os salários são negociados, os homens ganham mais do que as mulheres e não existe licença-maternidade, só é dado um mês de férias às mulheres, que após esse prazo voltam a trabalhar ou perdem seu emprego”, diz a professora. Ela cita que, na área das Ciências Biológicas, não há discriminação no Brasil e há mais mulheres do que homens no setor. Aqui, as mulheres dessa área recebem os mesmos salários que seus colegas, têm licença-maternidade e outros direitos não existentes nos Estados Unidos. Europa, Japão e, especialmente, os países árabes são outros locais onde há grande discriminação em relação às mulheres.
Gostar de ciências, incentivar os estudos desde criança e mostrar que a profissão é estimulante e fascinante é uma maneira de ampliar a atuação na área das ciências, acredita a professora Mayana Zats. As áreas de Exatas e Engenharia ainda têm mais homens do que mulheres. Aí, a professora deixa uma pergunta no ar: será que existem menos mulheres nesse setor por discriminação ou porque as mulheres gostam mais de Biológicas? Independente da área escolhida, a professora diz que a fórmula para se destacar e crescer como cientista é estudar muito, se dedicar, ter foco, ter paixão pela pergunta científica. “Vale a pena, é uma profissão fascinante”, conclui Mayana Zatz.
Acompanhe, pelo link acima, a íntegra da matéria.
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