Por Carolina de Assis*
7 DE FEVEREIRO DE 2018
Rose de Melo Rocha, professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) de São Paulo, tem olhado com interesse para novos nomes da música pop que, como ela descreve, estão no plano do “entre”. Seus trabalhos acadêmicos mais recentes trazem reflexões sobre éticas e estéticas de Rico Dalasam, Pabllo Vittar, Gloria Groove e Linn da Quebrada – expoentes do atual “artivismo musical de gênero” que inventam “resistências” e “re-existências” por meio da música, segundo a pesquisadora, que também é líder do grupo de pesquisa Juvenália e pesquisadora do GT Infâncias e juventudes da CLACSO (Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais).
Em conversa com a Gênero e Número, ela falou sobre as possibilidades de transformação social engendradas por estes “artivistas” e comentou como Rogéria, a autodenominada “travesti da família brasileira”, poderia ajudar a entender o fenômeno Pabllo Vittar.
GÊNERO E NÚMERO: Por que esses artistas que estão trazendo os debates de gênero e sexualidade para a música merecem um olhar específico?
Rose de Melo Rocha: Acho que a primeira questão que podemos pensar é essa grande relação entre entretenimento e possibilidades de resistência, ou possibilidades de ação política, de consenso social, de mobilização social, de transformação social, e assim por diante. Por muitos anos, inclusive no campo da comunicação, mas também em alguns campos das ciências sociais, havia a tendência de pensar que entretenimento não promove transformação social. Entretenimento anestesia, e ponto final. Assim se pensou sobre a tecnologia também, por muito tempo. O que fui percebendo é que não é bem assim, e eu não me refiro à novela da Globo. Percebo esse potencial muito claramente nas comunicações pós-massivas, descentralizadas, que estão ligadas a uma narrativa autobiográfica e estão sendo produzidas de modo descentralizado. Muito fortemente, em função também do celular e das tecnologias móveis, o Brasil tem um certo pioneirismo na apropriação pelas juventudes periféricas dessas tecnologias e de uma série de conteúdos comunicacionais do mainstream, inclusive das divas pop. Uma experiência de se apropriar desses elementos, mesclar à sua própria experiência de vida e criar um conteúdo cultural próprio. Na música, acho que esse talvez seja o grande acontecimento dos últimos dez, quinze anos.
GÊNERO E NÚMERO: Que relações as audiências criam com essas artistas?
Se você observar as redes sociais dos cantores ligados à música queer ou ao que eu prefiro chamar de artivismo – uma expressão que tem uma tradição aqui no Brasil e ficou um tempo esquecida; nos anos 1970, ela foi bastante utilizada, e ela volta agora, para a gente pensar esses artivismos musicais de gênero, que é o que eu estudo – o que fica muito claro na interação dos leitores com essas e esses cantores, esses artivistas de gênero, é que se trata de uma audiência extremamente crítica e engajada. Mesmo os fãs. O primeiro vídeo da Lia Clark, “Trava Trava”, eu acho genial, é exagerado, é um deboche, que vai fazendo as inversões de sentido. Os fãs da Lia, primeiro que eles são muito íntimos, se dirigem à celebridade sem a distância, não é uma relação de projeção, é de identificação mesmo. Eles são extremamente críticos, dão dicas assim: “Lia, pelo amor de deus, mude seus produtores, essa maquiagem tá horrorosa”, “não, o pior foi aquele lápis branco que ela colocou”. Então é muito crítico, mas também há uma ordem de comunicação afetual, de vinculação, de solidariedade e de colaboração.
[Estes artistas] são sujeitos periféricos. Não são jovens de classe média. E isso é percebido pelas audiências. Porque ao consumir, mas não só consumir, ao interagir com essas artivistas, eu também estou reconhecendo a possibilidade de uma existência periférica. Então existe uma possibilidade de negociar estas outras formas de existência. Tem essa interação e, é claro, tem os haters, essa dinâmica epidérmica de consumo da celebridade. O hater é o cara que vai entrar ali para, escandalizado, falar da “aberração”, do “fim da cultura brasileira”, “como é que pode, essa figura que mal canta”. Tem todo um debate também em relação ao modo, à performance, que não necessariamente é a performance cantada. Ela pode ser essa performance audiovisual, que se dá no clipe, no canal do YouTube, nos vídeos que são gravados.
GÊNERO E NÚMERO: Por que Pabllo Vittar tem se destacado entre essas “artivistas”?
Pabllo é uma figura complexa. Tem uma afirmação do jovem afeminado e da drag glamourosa, impecável – porque é uma representação feminina impecável, extremamente glamourosa, sensual, mas não a sensualidade da Lia Clark cantando “Trava Trava”, “o trava trava é com vontade”. “K.O.” e “Corpo Sensual” são produções audiovisuais incríveis, que tocam em temas delicados. Como a Rogéria dizia, no depoimento no filme da Leandra Leal: “eu sou a travesti da família brasileira”. Eu vejo algum diálogo entre o fenômeno da Pabllo e Rogéria – gostaria que ela estivesse viva pra poder comentar isso.
Tenho um projeto para um livro, como desdobramento da pesquisa, que é escutar as drags, as transexuais brasileiras que estavam lá fazendo show no Rio de Janeiro, enquanto a ditadura militar estava correndo solta. Elas podem nos dizer sobre o momento em que o entretenimento trazendo o diferente, a alteridade, entra no lar brasileiro. O entretenimento tem essa brecha. O dissonante entra mesmo nos veículos mais conservadores. As travestis brasileiras podem nos falar bastante disso.
Voltando para Pabllo: tem uma construção glamourosa que talvez seja mais suave. Impecável. É uma drag, mas é uma representação feminina perfeita. Há um carisma, e um elemento questionador, de confronto, de dissenso, mas tem algo ali que é mais afável, que convida à aproximação.
Pabllo desmontada é amada pelas crianças, mas a figura andrógina é mais agressiva. Aquele menino de cabelo curto, com metade da sobrancelha… Há uma tensão que está um pouco oculta. É diferente da expressão da Gloria Groove. Nos primeiros vídeos o Daniel [Garcia, que encarna Gloria Groove] joga com a figura dele. Ele aparecia nos videoclipes. Gloria Groove glamurosíssima, e aparecia o Daniel também, uma figura masculina muito forte. É muito interessante, é outra construção. Na Pabllo, aquele menino gay que faz drag está um pouco escondido. Ela chega a dizer isso em uma entrevista, quando perguntam “mas como é que é quando você não está montada?” E ela diz: “eu me estranho”. Então, tem uma questão para acompanhar, mas é uma preocupação com o sujeito.
GÊNERO E NÚMERO: Pabllo de certa forma consegue entrar em um padrão heterossexual, não? Nos clipes ela aparece sempre essa figura de mulher linda, fazendo par com homens também lindos, e cantando sobre romance.
E é diferente, por exemplo, de “Chifrudo”, da Lia [Clark], que é mais complexo. É uma patricinha que saca que o cara a está traindo e ela vai à forra – assumindo que ela, como diz um trecho da música, “tem mais a oferecer” porque “eles gostam é da piroca”, e ela está assumindo que tem uma piroca. É algo bem mais complexo nessa relação homem-mulher. Pabllo é uma representação, é uma drag, mas ela encarna muito bem uma mulher maravilhosa, impecável, loira, corpaço, tanto em “K.O.” como em “Corpo Sensual” em relações masculino-feminino muito claras: um homem cis, numa relação amorosa, sensual, ou sexual. Aí a gente ouve “Enviadescer” [de Linn da Quebrada], se está falando de outra coisa; “Boquetáxi” da Lia Clark, foi inclusive condenado por determinados segmentos LGBTIQ, alguns acharam aquilo um absurdo, usar a própria sexualidade para não pagar o táxi. Ou Gloria Groove, que tem um discurso engajadíssimo, com uma construção cenográfica espantosa. É lindo, mas é um tipo de construção que não vai escapar de certo consumo mais segmentado, mais direcionado. Então são gramaturas diferentes.
GÊNERO E NÚMERO: De fato, Pabllo conseguiu uma visibilidade, de chegar ao Domingão do Faustão, inclusive, enquanto essas outras artivistas parecem restritas a um círculo específico.
Algumas querem permanecer num círculo e outras não. Estamos falando de consumos culturais e midiáticos diversos. As audiências mudaram muito, então pensar as audiências e portanto os consumidores, fãs, receptores, num contexto de mídia social ou de comunicação pós-massiva é uma coisa. E pensar, por exemplo, a audiência das telenovelas na Rede Globo, anos atrás, era outro perfil. Então estamos falando de sujeitos sociais que estão articulando essa audiovisibilidade em pilares muito específicos.
Vamos ter que observar um pouco mais esses desdobramentos para, talvez, se aproximar de um “porquê”. Mas acho que já dá para falar desses diferentes modos de produzir e consumir cultura, que mudam no contexto pós-massivo digital, na relação que essas artivistas têm tanto com uma causa, um engajamento como Linn da Quebrada tem, que trabalha com uma ONG que trabalha com as travestis e as drags, que tem em sua equipe pessoas do universo LGBTIQ, então é uma proposta de produção cultural muito específica. E como se dão os consumos desses caras e se eles negociam ou não, desejam ou não, a presença na mídia de massas. Porque aí é um atestado de celebrização mais convencional e que permite falar em grandes públicos, em grandes números, que acho que é o que a Anitta vem fazendo, que permite e demanda uma inserção internacional, permite e demanda a inserção em rankings que não são os nacionais.
Acredito que todas gostem da visibilidade, todas têm esse desejo de visibilidade, todas e todos. Mas muitas vezes é um circuito de consumo que não está prevendo estourar e aparecer no Faustão, como apareceu a Pabllo. Aliás, foi um desastre a primeira entrada no programa, não por ela, mas o Faustão parecia não ter ideia de quem era a Pabllo. Ele trocou o nome, chamou de Pablo Vilar…
Agora, os meios de massa, não necessariamente por boas intenções, são obrigados a incluir temas que estão circulando na sociedade. Então a questão de gênero aparece e tem de ser incluída, e ela é incluída não só no programa da Fernanda Lima [“Amor e Sexo”], mas também na Fátima Bernardes [no programa matinal “Encontro”], quase como uma tentativa de educar aqueles que desconhecem ou estão apavorados com o fato de ter dois homens ou duas mulheres se beijando. Teve até uma transição de gênero na novela [“A Força do Querer”, com personagem interpretado pela atriz Carol Duarte], que também apareceu na Fátima Bernardes para explicar um pouco, uma coisa pedagógica mesmo, para falar o que é afinal isso, o que é que vocês devem fazer, como vocês devem agir.
GÊNERO E NÚMERO: E qual é o impacto disso?
Olha, promove a tolerância? Pode ser. Ajuda a dar visibilidade. É a melhor visibilidade? Não sei, teria que pensar um pouco. Porque tem uma dimensão de muita ambivalência. Mesmo a questão das artivistas é complexa. Está promovendo visibilidade? Sim. Está oferecendo uma perspectiva de construção identitária outra, pra uma série de meninos e meninas, e pessoas trans? Sim. Tem algo bastante conservador em relação à figura da mulher? Tem. É como a discussão em relação à Anitta [no contexto do clipe de “Vai Malandra”]. É objetificação ou não? É as duas coisas. Tem uma erotização do corpo feminino? Sim. Mas é igual à publicidade que mostrava nas propagandas de cerveja a mulher gostosa, para vender? Não. Tem algo, mas não é a mesma coisa. E sabe qual é a grande diferença? Ali existe um sujeito com voz. A gostosa da propaganda de cerveja não tem voz. É um subalterno mudo, que está ali apenas como objeto. No caso da Anitta, e aí tem um diálogo com outras divas pop, como Beyoncé, Madonna e outras, existe um sujeito, mulher, que protagoniza essa ação. Em “Vai Malandra” tem o cara falando “se eu te pego é traca traca” e tem ela dizendo “é isso aí, e eu não vou parar”. Então tem uma autoria.
GÊNERO E NÚMERO: E como você definiria “empoderamento” e “protagonismo”? Você acha que esses conceitos se aplicam a essas artivistas ou à Anitta, como você citou?
“Empoderamento” surge como um termo anglófono, como uma fala nativa do movimento feminista. Só que ele é apropriado por um discurso capitalista, esse capitalismo do desempenho, o capitalismo de raízes neoliberais. E ele passa a caminhar muito junto dessa ideia de protagonismo. É fala nativa, muitas dessas e desses artivistas falam em empoderamento. Não acho que hoje seja uma expressão que ajude a gente a compreender muito essas diferenças de poder que existem num artista que não necessariamente é um artivista. A Anitta é uma artista com um tino mercadológico incrível, com uma performance artística excepcional, e que tem na sua história o fato de que ela é uma jovem da periferia e que batalhou pelo funk – e o funk já são vários funks. É uma artista com pretensões a uma carreira internacional, e ela está negociando isso. Isso é uma coisa. O que a gente pode talvez pensar é: que poder é esse? Esses sujeitos estão tendo mais oportunidade de fala? Paul Preciado, no Manifesto Contrassexual, diz: “eu não quero mais falar em homem e mulher. Eu quero pensar em corpos falantes”. E pensar em autonomia é pensar assim: esses corpos falantes estão em situação de equivalência?
Se você pensar no léxico dos artistas, a gente precisa olhar isso com cuidado também, e isso demanda um estudo maior. Mas se a gente olhar para as narrativas desses caras, pensando que essas narrativas estão nos videoclipes, nas músicas, nas letras, nos depoimentos, nas entrevistas, nos canais dos artivistas ligados à estética musical de gênero, eu arriscaria – mas é arriscando mesmo; para afirmar, eu teria que ter feito um estudo empírico mais detalhado, que eu não fiz – eu arriscaria dizer que “protagonismo” é uma palavra um pouco mais recorrente do que “empoderamento”. Mas essa provavelmente vai estar presente também, porque são expressões que estão disseminadas socialmente. Acho que “protagonismo” talvez esteja mais no discurso dos protagonistas. Na narrativa dos fãs, em comentários mesmo a partir das músicas, no YouTube, no Facebook, você vê muito a palavra “empoderamento”.
GÊNERO E NÚMERO: E por que você diria que isso acontece, as artivistas falarem em protagonismo e os fãs em empoderamento?
Porque talvez sejam coisas diferentes mesmo. “Empoderar” pode estar simplesmente vinculado a um ganho simbólico. Alguém promoveu, de algum modo, um ganho simbólico; inclusive ofereceu outras expressões narrativas para esse sujeito, para ele se expressar, então ele pode falar “empoderado”, se oferece e de fato se disseminam novos vocabulários. Isso pode contribuir para uma mudança substantiva na vida desse sujeito? Essa é a pergunta que a gente deve, em última instância, fazer se está querendo pensar o impacto político e social desses artivismos; no meu caso específico, pensando cultura pop e gênero. Olha, pode simplesmente te dar uma ferramenta simbólica, você pode ter essa ferramenta, pode conseguir se proteger, pode te dar algum recurso a mais que você não tinha e isso é um mérito sempre. Mas talvez não produza alterações muito significativas.
A ascensão da Pabllo, o que produziu socialmente? É pouca coisa produzir transformações simbólicas e culturais? Não, não é pouca coisa. A gente ainda tem no Brasil uma necessidade de disputas simbólicas muito profundas, porque é no plano do simbólico que as desigualdades se escondem. Então, é importante essa discussão, não tenho dúvidas. Agora, transformações mais efetivas… Penso no trabalho que a Linn da Quebrada tem, uma atuação social, ativista, intencional, junto às travestis. Produz, e ainda assim luta para produzir, transformações sociais na vida daqueles sujeitos, porque são sujeitos que são estigmatizados e algumas estão em uma situação de marginalidade quase irreversível.
GÊNERO E NÚMERO: Como podemos pensar os debates sobre gênero e sexualidade a partir das performances e das canções dessas “artivistas”?
Podemos pensar quem são essas mulheres e esses homens que aparecem nos videoclipes, em que condição eles estão. Por exemplo, a Lia Clark é uma mulher que está em uma condição de superioridade, às vezes apelando, no “Trava Trava”, para uma imagem sadomasoquista, mas ela está no controle, quase uma dominatrix. Ou a Gloria Groove quando canta a ascensão do império drag: “não adianta, porque agora a gente tá na Globo”. Esses produtos permitem construir outras formas de narrar o masculino e o feminino de um modo não essencialista. Acho que essa é uma grande chave em que eu tenho insistido muito nos estudos. É uma subjetividade não essencialista, que se pensa em processo, em transformação. E, nessa medida, indiretamente, esses artivismos encarnam um enfrentamento que também está no plano teórico-político dos problemas da política de identidade, de que Paul Preciado é um dos grandes problematizadores. Então tem todo um debate ao qual a gente pode oferecer outra direção, também, pensando na construção de masculinos e femininos não essencialistas. A drag é androginia por essência, então é masculino-feminino-masculino, jogando com isso o tempo todo. E mesmo o caso da Pabllo, que tem já uma representação feminina mais diva sexy, mas tem uma discussão bem importante que passa por isso, esse “entre”. O travestir, a travesti e o travestismo como formas de se pensar ou se repensar as condições masculinas e femininas é uma coisa bem forte também.
GÊNERO E NÚMERO: Como você avalia esse potencial de transformação social dessas artivistas?
É um potencial, sim. Como eu disse, tem uma disseminação de outro léxico, menos essencialista, que permite a homens, mulheres, transexuais e travestis estarem em lugares que não respondem a verdades desse Poder maiúsculo. Também fazem isso na própria lógica do entretenimento, dos gêneros musicais. É uma produção que eu tenho pensado muito como do universo da remixagem, então já é essa ideia, uma remixagem que afeta também a produção subjetiva. Isso é uma mudança. O problema é que a gente está em uma realidade social muito arraigadamente conservadora. Então, ao mesmo tempo em que há um protagonismo audiovisual de tornar pública uma imagem não essencialista de homem e mulher trazendo a figura da drag como esse “entre”, essa ambivalência, há índices altíssimos de feminicídios e de crimes ligados à homofobia, à transfobia. Então é uma luta que passa pelo simbólico mas que também demanda forçosamente alguma atuação do ponto de vista político-institucional. Infelizmente, por ora, no momento de instabilidade institucional que a gente vive politicamente, eu acho uma maravilha que a gente ainda tenha algum respiro [com a música]. Mas ainda é uma brecha, são as brechas que a gente tem. E ainda são questões para a gente discutir. Porque acho que é uma questão política, que nos toca, a quem estuda movimentos juvenis: bom, mas isso vai gerar alguma mudança? Uma agenda já gerou. Isso vai, de algum modo, contribuir para uma transformação das estruturas políticas do país? Não sabemos ainda. São questões. A gente tem que ter algumas perguntas, que vão sendo feitas. Agora, que há uma relação clara entre produção cultural juvenil e política, não tenho dúvida.
*Carolina de Assis é jornalista e editora da Gênero e Número.
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