Época Negócios
12/03/2018 - POR MARCELO MOURA, DE AUSTIN (EUA
Natalya Bailey, de 31 anos...
( ) Formou-se em engenharia aeroespacial como a melhor aluna da turma;
( ) Tornou-se embaixadora da Nasa;
( ) Formou-se doutora pela AeroAstro do MIT;
( ) Inventou uma forma de propulsão que possibilita o envio ao espaço de satélites pequenos, como uma caixa de sapato;
( ) Fundou e dirige uma empresa de lançamento de foguetes;
( ) Ganhou o Unicorn Idol, promovido pela revista Fortune;
( ) Foi eleita pela revista Forbes uma 30 pessoas mais brilhantes abaixo de 30 anos;
( ) Foi eleita pela revista Inc. um dos 30 empreendedores mais brilhantes abaixo de 30 anos;
( ) É mãe de Eleanor, uma bebezinha coisa mais linda do Sistema Solar;
( x ) Todas as alternativas anteriores
( ) Formou-se em engenharia aeroespacial como a melhor aluna da turma;
( ) Tornou-se embaixadora da Nasa;
( ) Formou-se doutora pela AeroAstro do MIT;
( ) Inventou uma forma de propulsão que possibilita o envio ao espaço de satélites pequenos, como uma caixa de sapato;
( ) Fundou e dirige uma empresa de lançamento de foguetes;
( ) Ganhou o Unicorn Idol, promovido pela revista Fortune;
( ) Foi eleita pela revista Forbes uma 30 pessoas mais brilhantes abaixo de 30 anos;
( ) Foi eleita pela revista Inc. um dos 30 empreendedores mais brilhantes abaixo de 30 anos;
( ) É mãe de Eleanor, uma bebezinha coisa mais linda do Sistema Solar;
( x ) Todas as alternativas anteriores
No momento em que mais de dois mil espectadores do South by Southwest (SXSW) aguardavam no Moody Theather pela apresentação de Elon Musk, fundador da SpaceX, Natalya apresentava para menos de 100 pessoas, num salão do quinto andar do hotel Fairmont, a palestra Beyond SpaceX (Além da SpaceX). Quando explicava o potencial de impressoras 3D espaciais, foi interrompida por um gemido. "Desculpe, gente, é a minha bebê", disse Natalya. Foi aplaudida. Sobre um edredom estendido no chão, à direita do auditório, Eleanor, de cinco meses, assistiu comportada. Olha interessada e sorri quando alguém mexe os dedos -- ou usa óculos -- diante dela. Natalya aceitou ser entrevistada e tirar fotos durante seis minutos, antes de tomar o avião para casa, em Massachusetts, e depois de trocar a fralda da filha.
Menos de seis meses após o parto, você está trabalhando. Como consegue? Sou um pouco privilegiada, porque tanto o meu emprego quanto o do meu marido são flexíveis. Obviamente, abrir uma empresa é bastante trabalhoso, mas às vezes eu posso me dar algumas horas para resolver problemas pessoais. Às vezes ela teve uma manhã ruim e eu preciso ir para o escritório uma hora mais tarde. Tenho flexibilidade para fazer isso, meu marido também. Se nós dois fôssemos cirurgiões, por exemplo, tudo seria diferente, mas nossas vidas são flexíveis. Quando tenho de viajar... Eu a levo comigo cada vez menos, mas ainda estou amamentando, ela não tem nem seis meses ainda.
Como é ter uma startup e um bebê? Às vezes é estressante. Startups são muito voláteis, há muita incerteza. Algumas pessoas poderiam dizer que é uma hora ruim para ter uma criança. Acho que minha vida vai ser sempre assim, com um pouco de incerteza. Eu nunca iria encontrar um momento perfeito, então eu decidi engravidar... Agora!
O que você levou em conta ao decidir engravidar? O momento de engravidar foi determinado pela fase de financiamento da empresa. [A Accion Systems foi fundada há cinco anos e meio.] Não queria chegar grávida às reuniões de apresentação do negócio a investidores. Isso eu levei em consideração. Foi meio triste. Por mais que eles digam que querem apoiar empreendedoras, eles realmente não querem arcar com uma gravidez de nove meses. Essa foi a impressão que eu tive.
Poucas mulheres se formam ou seguem carreira em ciências exatas. Você faz isso no nível mais alto que existe. Sei que a discriminação no campo de exatas é uma questão recorrente, mas eu nunca enfrentei qualquer barreira terrível. As pessoas tendem a lembrar da minha cara um pouco mais do que em carreiras com mais mulheres, acho que algumas oportunidades vieram em função disso. Às vezes eu me sinto de cabeça para baixo, mas, sinceramente, não tenho base de comparação. Eu sou jovem. Não tenho experiência, não sei como poderia ser diferente.
Ser mãe é rocket science? Sim, é [risos]. Eu recebo muitas orientações sobre cuidar de bebês, mas a maioria vem de pessoas que não precisam viajar, sem agendas bizarras. Os conselhos não funcionam porque de repente, amanhã, eu tenho de decolar para São Francisco. Isso tem sido difícil. Eu tenho atendido a compromissos rígidos, ficado na estrada quase o tempo todo.
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