Publicado em 22/12/2014
A taxa de participação feminina na política brasileira está abaixo da cota de participação de 30% instituída para os partidos, é uma das menores do mundo e a quarta mais baixa na América Latina e o Caribe.
No Brasil, 51% da população é feminina, no entanto mesmo reelegendo recentemente uma mulher para presidente, apenas 10% dos parlamentares – tanto em Brasília, quanto nos estados – são mulheres, informou o Banco Mundial. Além da taxa estar abaixo da cota de participação de 30% instituída para os partidos, é uma das menores do mundo e a quarta mais baixa na América Latina e o Caribe.
Impulsionados pelo Congresso Nacional e com apoio do Banco Mundial, 47 hackers se reuniram durante uma semana em Brasília para buscar dados e desenvolver sites e aplicativos que ajudem as mulheres a terem mais participação política.
A maratona hacker – oficialmente chamada Hackathon de Gênero e Cidadania – recebeu 22 projetos de todo o país. Um deles foi o desenvolvimento de uma plataforma em que candidatas desconhecidas possam expor suas propostas e conseguir financiamento direto. A ferramenta, com o adequado nome de Dona Maria, venceu o hackathon.
“Além de a representação feminina no legislativo ser pequena, ainda está restrita a famílias que já tenham patrimônio alto ou contatos políticos”, destaca o programador Yves Bouckaert, um dos criadores da plataforma. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, das mulheres que concorreram às eleições em 2014, 81% não receberam nem sequer um centavo de financiamento externo. Entre os homens, o número cai para 67%.
Além de discutir a participação feminina na política, a maratona hacker estimulou a criação de aplicativos contra a violência de gênero. Os vencedores serão premiados no próximo Dia Internacional da Mulher, comemorado em todo o planeta no dia 8 de março.
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