14/12/2014
A seguradora Aegon, parceira global da Mongeral Aegon no Brasil, divulgou um estudo intitulado "A Nova Cara da Aposentadoria - Mulheres: equilibrando família, carreira e segurança financeira", sobre as perspectivas de mulheres acerca do planejamento da aposentadoria. O estudo sugere que, em termos gerais, apesar das mulheres possuírem maior expectativa de vida em relação aos homens, de quatro a cinco anos a mais, em média, elas pouco se preparam financeiramente para a aposentadoria.
Do total pesquisado, 40% nem sabem se estão no caminho certo para atingir a renda que vão precisar quando aposentadas e 20% acreditam que já fazem o suficiente. Outro resultado mostra que, mesmo com maior independência financeira e inserção no mercado de trabalho, mais da metade das entrevistadas, 54% delas, acredita que serão dependentes da renda do cônjuge. Em contraste, apenas 12% dizem que não esperam que seus esposos sejam a grande fonte de renda na aposentadoria.
Em relação aos obstáculos, a falta de dinheiro foi apontada como o principal empecilho para o planejamento, para 67% das entrevistadas. Diante deste cenário, globalmente, 49% das mulheres não estão confiantes de que serão capazes de manter um nível de vida confortável ao se aposentar. O otimismo em relação ao futuro é maior entre a população feminina dos países que possuem economias emergentes: China (42%), Índia (35%) e Brasil (29%).
"As mulheres precisam ser incentivadas a planejar a sua independência financeira na aposentadoria desde jovens, rompendo com a tradição de depender de terceiros, como Governo, empregadores e familiares. Elas têm uma realidade diferente no mercado de trabalho hoje, de acordo com os papéis que assumiram na sociedade, mas esse protagonismo também deve ser exercido quando o que está em questão é a independência financeira", comenta Andrea Levy, assessor especial da Mongeral Aegon e um estudioso dos impactos da longevidade na previdência.
Idade e renda de aposentadoria
Em todo mundo, as mulheres possuem expectativas diferentes em relação à idade para a aposentadoria. As brasileiras estão entre as que pretendem se aposentar mais cedo, com 58 anos, atrás da Turquia (55) e China (53). Nos Estados Unidos, essa expectativa sobe para 66 anos enquanto no Japão fica em 61 anos, variações que têm ligação direta com a política previdenciária de cada país.
As diferenças entre os países também surgem quando o tema é a renda necessária para se sustentar na aposentadoria em relação aos ganhos na ativa. O Brasil se aproxima das expectativas da Europa Oriental. Na Hungria, as mulheres acreditam que é necessário ganhar 86% do salário atual; na Polônia, o índice cai para 81%, enquanto por aqui as brasileiras acreditam que precisariam ganhar na aposentadoria 77% do que ganham na vida ativa. Esse percentual cai em países de renda alta e industrializados, como Estados Unidos e Canadá, para 67% e 66%, respectivamente. Países emergentes como Turquia e China esperam precisar de menor percentual da renda atual em relação aos demais, em média 59% e 60%, respectivamente.
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