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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012


O que aprendi sobre o amor

Marie Claire Brasil

Quatro mulheres, de 20, 30, 40 e 50 anos, escreveram no jornal virtual The Huffington Post o que elas sabem sobre relacionamentos. Segue um resumo dos melhores momentos:
MICHELLE CACCIATORE
25 anos, é escritora, mora em Nova York e contribui para várias revistas e TVs.
Os 25 anos são paradoxais. Ainda estamos jovens e temos muito o que aprender. Mesmo assim, muitos fazem coisas impressionantes – empresas, livros, filhos. Mas é um momento em que as coisas começam a mudar: você não quer ser a última a sair do bar e o sono é mais importante do que era aos 22. Para mim, tem sido o tempo de fazer um inventário da minha vida amorosa. Aqui está o que aprendi até agora:
Você sabe as respostas às suas perguntas
Li pelo menos cinco artigos ao longo dos anos aconselhando-me a “seguir a minha voz interior.” Pensei que fosse um clichê new-age e nunca prestei atenção. Então percebi que para a maioria das decisões erradas que fiz nos relacionamentos, sabia desde o início que não eram as melhores. Passei horas em jantares com amigos debatendo se eu deveria terminar com um cara, mesmo que inconscientemente já sabia a resposta. Aquela voz interna está realmente lá, e diz o que você precisa fazer, mesmo se você não queira saber.
Se alguém está bisbilhotando e-mails, telefone, Facebook, não deveriam estar juntos
A mídia social tem destruído a noção de que existem coisas que não precisamos saber. Na última década, tornou-se possível ver não só a foto do seu namorado numa balada adolescente como saber o que ele fez nas últimas férias no Havaí. Se qualquer um de vocês sente a necessidade de bisbilhotar, algo está errado. Descobri isso anos atrás, quando meu ex olhou todas as minhas mensagens no facebook, enquanto eu estava no chuveiro. Depois daquela noite, nunca mais pensei nele da mesma forma, um limite havia sido ultrapassado, e não havia como voltar atrás. Todo mundo merece privacidade – a questão é se alguém merece a sua confiança.
Intimidade é a comunicação
A maior lição que homem que eu amava me ensinou foi ter intimidade com um espaço seguro para falar sobre como cada um se sente. Pode ser dos medos, sonhos ou inseguranças. Você nunca deve ficar quieta porque não quero balançar o barco. Aqueles que amam de verdade, falam e ouvem.
Você não pode mudar ou salvar alguém, então pare de tentar
Claro, as pessoas podem evoluir, mas apenas se quiserem. Se ele não está motivado sobre sua carreira, você não será capaz de motivá-lo. Se bebe demais, vai continuar a fazê-lo. Esta é uma das lições mais duras de aprender. Lembre-se que você tem que querer a pessoa que você conheceu desde o primeiro dia, porque a chance de ser a mesma ao longo do tempo é grande.
Não tenha culpa de romper
Todas nós já tivemos o coração partido. E às vezes, nós partimos de alguém – é a vida. Seja honesta consigo mesma e com pessoa com quem você não quer ficar com mais.
Vale a pena
Gostaria de observar que tenho ignorado toda lição desta lista, e que seria uma ilusão supor que nunca vou quebrar uma delas novamente. Quando se trata de algo tão ilusório como o amor, é difícil saber quando se está indo pelo caminho certo, ou se todos os altos e baixos vão levar a alguém.
JIL DI DONATO
30 anos, professora adjunta de Inglês do Fashion Institute of Technology em Nova York
Ao sentar para escrever esta história – com os 30 se aproximando entrei num padrão auto-depreciativo de humor. “Tenho um distúrbio de aprendizagem”, digitei. As mulheres são programadas para pensar que o tempo não está do seu lado. As mais inteligentes, no entanto, sabem que está. Deixe-me explicar. Um ano e meio depois que o namorado com quem estava havia seis, me deixou no meio da noite por outra mulher, finalmente consigo olhar para trás e contar minhas bênçãos. O tempo me mostrou que nem todas as lembranças são felizes. Aqui vai um breve resumo do que eu aprendi:
Estar em um relacionamento não significa necessariamente ser feliz
Houve momentos em minha vida em que tentei me convencer de que a minha relação era tudo o que desejava que fosse. Mas aprendi que há uma diferença entre estar confortável e ser feliz. E descobri que os melhores relacionamentos envolvem momentos de desconforto real – mas também de alegria real. Portanto, prefiro colocar energia em algo autêntico.
O começo deve ser fácil
Se logo nos primeiros encontros ele está fazendo você ficar angustiada, não liga, ou está muito ocupado para responder às suas mensagens ou mesmo se arranja desculpas bobas, as chances de piorar são grandes.
Sexo não é um barômetro preciso
Se o sexo é incrível e o cara faz você se sentir sexy, bonita e como se você fosse a única garota no mundo, você corre o risco de confundir conexão sexual com intimidade emocional. Acontece com muitas mulheres – e eu me incluo aqui. Um relacionamento que vale a pena inclui bom sexo, claro, mas também confiança e a capacidade de rirem juntos.
Se ele parecer não estar disponível, acredite
Ele é charmoso, sexy, diz as coisas certas, mas não está disponível. Mulheres adoram homens indisponíveis por uma série de razões – um psicólogo pode explicar melhor do que eu. Agora, nos meus 30, sou muito boa em detectar um deles. A parte mais difícil é resistir. A única maneira de lidar com esse cara é para apagar suas informações de contato, bloqueá-lo do seu Facebook, e parar de aparecer em sua barra de favoritos. Quanto mais cedo você admitir a verdade, melhor. Há vários homens disponíveis por aí, mas você nunca vai vê-los enquanto estiver focada no “Sr. nunca vai acontecer”.
O casamento não é uma realização
Ao contrário da geração anterior, as mulheres de 30 hoje não pensam em casamento como uma realização. Se acontecer de conhecer alguém e se apaixonar, ótimo. Mas não é o objetivo. Não estou dizendo que o casamento não seja importante. Mesmo meus amigos divorciados dizem que não se arrependem dos seus casamentos – especialmente quando tem filhos. Mas eles não precisam ficar casados para serem felizes.
Homens mais jovens valem a pena
Há muita conversa sobre a química da mulher de 30 com homem de 20 e poucos anos. Isso pode não ser cientificamente comprovada, por isso, convido você a experimentar por si mesma.
TESSA BLAKE
40 anos, escreve para filmes e televisão com o marido, Ian Williams
Eu amo envelhecer. Apesar de os meus joelhos rangerem mais ultimamente, sou uma pessoa mais feliz. Também sou muito apaixonada pelo cara com quem estou há quase 12 anos. Ian e eu nos conhecemos quando éramos adolescentes,ficamos amigos aos 20 e nos casamos aos 30. Somos muito felizes. Não sei se fizemos tudo certo, mas aqui está um pouco do que eu descobri ao longo do caminho:
Às vezes o amor não é um sentimento…. é uma escolha
É uma emoção difícil de manejar, causando estragos e felicidade na mesma medida. Mas você tem que optar pelo amor. Ao fazer uma xícara de café para o seu companheiro quando ele está atrasado e procurar não se importar quando ele flertar com uma garota.
Sacrifício. Mas não muito
Garanta o jogo de basquete semanal ou aula de ioga. Dos dois. E mesmo que signifique fazer malabarismos com os filhos, dê a vocês dois uma tarde livre para fazer nada. E, de vez em quando, faça um esforço para mostrar que se preocupa com os interesses do seu parceiro.
Sexo sem compromisso
Tive muita dificuldade para engravidar – lutamos anos para isso acontecer. Durante esse tempo, o sexo era muitas coisas – mecânico, explosivo, aterrorizante, cura promissora. Agora que tudo passou, voltamos ao bom e velho sexo, improdutivo. E isso é divertido.
Corajoso, divertido e gentil
Nos meus 20 anos, fazia lista das qualidades que queria em um parceiro. Responsável, trabalhador e inteligente eram algumas.
Engraçado, corajoso, amável..Ian incorpora todas essas qualidades e eu me esforço para ser digna delas.
Mas a maior coisa que eu sei sobre o amor em meus 40 anos…
…é que não sei muito. Só sei o que funcionou para mim e mesmo assim tudo está em movimento. Há um ditado budista que pergunta: “Por que é que os humanos preferem a areia movediça da certeza, em vez do solo firme da mudança?”
RACHEL A. SUSSMAN
50 anos, terapeuta, especialista em relacionamentos
Acho que os relacionamentos melhoram com a idade. Se eu soubesse em meus 20 anos o que eu sei agora, teria evitado muito sofrimento. Mas é assim mesmo – adquirimos sabedoria ao longo da vida. Eis aqui o que sei sobre o amor hoje:
Não ficaria com quem me maltratou
Fiquei muito tempo com homens que não eram bons comigo. Felizmente, uma separação em particular foi uma motivação para eu me acordar e mudar meu jeito. Percebi que tinha algumas questões que precisavam de atenção. Atirei-me para a terapia e fiz mudanças importantes na minha vida. Depois disso, nunca deixei ninguém me maltratar novamente.
Você tem que amar a si mesmo primeiro.
Isso pode parecer banal, mas é absolutamente verdadeiro. Se você quiser ter um relacionamento saudável (e, francamente, por que alguém estaria em um relacionamento que não é saudável?), você tem que elevar sua autoestima. Essa mentalidade atrai homens melhores e você não vai ter coragem de se envolver em um relacionamento furado.
Não espere um homem para ser completa
Muitas vezes eu sinto que as mulheres esperam muito dos relacionamentos amorosos. Nós pensamos diferente dos homens e nos emocionamos de forma distinta. Amor, amizade e integridade emocional pode (e deve) vir de uma variedade de fontes – não só do seu namorado. Se você colocar tudo nele, vai se frustrar e até mesmo por o relacionamento a perder.
Agradeça
Esta é uma boa lição e fico feliz em compartilhar. Todos nós gostamos de ser valorizado. Tento agradecer ao meu marido todos os dias. Sou grata quando ele faz um sanduíche para mim, por exemplo. John Gottman, um pesquisador fabuloso, afirma que um casal saudável precisa de cinco interações positivas para uma interação negativa. Dizer obrigado é certamente positivo.
Diga sim ao sexo
Assim como tudo na vida, seu desejo sexual terá altos e baixos. Isso é perfeitamente normal. No entanto, um grande erro que muitos casais de longa data fazem é ficar com preguiça de transar. O sexo pode ajudar a manter um relacionamento vivo e a falta dele pode dar fim a uma relação. Faça sua parte para se sentir sexy e ficar sexy. Eu trabalho fora de seis a sete dias por semana. Tenho 52 anos, e ainda me sinto extremamente sexy.
Assuma a responsabilidade.
Esta foi uma dura lição que aprendi. Quando eu era jovem ficava na defensiva durante uma discussão.Tinha de estar sempre certa. Mas percebi que meu comportamento era ineficaz. Entendi que era fechada a críticas porque minha formação foi muito dura. Nenhum de nós é perfeito. Estamos todos evoluindo e mudando. Quando alguém que amamos aponta um comportamento que precisa mudar, essa é uma boa oportunidade para crescer.

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