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quinta-feira, 12 de abril de 2012


Pesquisadoras apontam falhas no acolhimento de mulheres vítimas de violência

Segundo pesquisadoras que participaram de audiência pública na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher, nesta terça-feira, a rede de acolhimento e atendimento às mulheres vítimas de violência continua precária.

A pesquisadora Lia Zanotta, do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da Universidade de Brasília (UnB), informou que apenas 10% dos municípios têm delegacias de mulheres. Já a pesquisadora Míriam Grossi, do Núcleo de Identidade de Gênero e Subjetividade da Universidade Federal de Santa Catarina, apontou que as casas de abrigo existem em menos de 1% das localidades brasileiras.

E o pior, conforme as especialistas, é o atendimento oferecido. Segundo sustentam, o sistema não foi institucionalizado, e a qualidade do serviço depende das convicções do funcionário que acolhe a vítima. Cecília Sardemberg, pesquisadora do Observatório Lei Maria da Penha (Observe), afirmou que há até casos de policiais que assediam as mulheres que buscam ajuda.

Preconceitos
Em pesquisa com mulheres de Belo Horizonte que passaram pelas delegacias de mulheres, a pesquisadora Wania Pasinato, do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, também constatou que o tipo de atendimento depende do que o policial considera crime. “Mulheres com marcas de violência física tinham acolhimento mais fácil; as que sofreram agressão psicológica ou ameaças tinham dificuldade para dar encaminhamento à sua situação”, relatou.

Ações
As pesquisadoras apontam entre as ações para melhorar o sistema o treinamento dos policiais ainda nas academias militares. Míriam Grossi defende ainda a inclusão do tema nos currículos dos cursos universitários relacionados ao atendimento a mulheres vítimas de violência, como Direito, Saúde e Assistência Social. “O que torna um sujeito pensante e transformador vai além de um treinamento de algumas horas, é um conjunto de elementos de sua formação”, assegura.

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