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terça-feira, 15 de maio de 2012


Amparo às vitimas é tema de painel

Cindhi Belafonte

O quarto painel do primeiro dia de evento teve como tema norteador as ações de enfrentamento ao tráfico de pessoas com foco na atenção às vitimas. Mediada por Nelma Pontes, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Ministério Público do Estado de Goiás (NETP/GO), a mesa contou com a presença de Dalila Figueiredo, Waldimeiry Silva, Ana Paula Saladini e Gabriela Alvarenga.
As palestrantes abordaram a importância do cuidado com as vítimas no atendimento e a necessidade de se respeitar seus direitos.
Dalila Figueiredo, fundadora da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude (Asbrad), comentou sobre a necessidade de utilizar uma metodologia específica adequada para o atendimento às vitimas. Segundo ela, “qualquer atendimento deve ser humanizado”. Ela também atentou para a importância de se proteger as vítimas sem violar seus direitos. “Atender, acolher é respeitar a dignidade da pessoa humana”, defendeu.
Waldimeiry Silva, vice-presidente da ONG Associación AMIGA para los Derechos Humanos de las Murejes, explicou o trabalho realizado pela Organização no resgate às vitimas na Europa. “O primeiro contato é para estreitar os vínculos, estabelecer a confiança”, afirma. Em seguida, as vitimas recebem informações sobre como agir caso queiram denunciar a rede de tráfico envolvida, mas, são alertadas para o risco que podem correr se a investigação não for bem sucedida. Segundo Silva, não se pode criar nas vítimas expectativas que não são reais.
Ana Paula Saladini, Juíza do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, abordou o tema do tráfico de pessoas com finalidade de exploração laboral. Segundo ela, a principal motivação dos traficados para sair do país é a condição de pobreza e de exclusão social. A juíza informou que há cerca de 240 rotas de tráfico de pessoas no Brasil, mas, mesmo assim, esse é um “crime invisível para a sociedade, que não compreende sua gravidade”. Ela relembrou ainda a formação histórica do país, que contou desde o início com imigrantes africanos e europeus para trabalho. “O Brasil é um país de traficantes e traficados”, completou.
Gabriela Alvarenga, coordenadora do Núcleo de Investigação de Gênero da PUC/GO, apresentou dados estatísticos do NETP/GO e do Projeto Resgate sobre o tráfico de pessoas no país. Além disso, a professora da PUC-GO apresentou aspectos discutidos na política nacional, especificamente em relação à atenção às vitimas. De acordo com a proposta da política, a proteção e a assistência às vitimas deve ser estendida aos companheiros que tenham convivência habitual com elas. 

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