15 mar 2018
Os educadores têm um papel estratégico na proteção e orientação de crianças e adolescentes. Aproveitando o espaço da escola para discussão de temas importantes, como sexualidade, gênero e segurança no ambiente on-line.
Um estudo sobre o comportamento de crianças e adolescentes no ambiente on-line, realizado recentemente pelo Google, aponta que 35% dos educadores já tiveram conhecimento sobre algum incidente relacionado à segurança on-line nas escolas; 98% deles concordam que o tema da segurança on-line deveria fazer parte da grade curricular dos colégios, contudo, embora reconheçam a importância da escola nesse papel, 83% desses profissionais afirmaram que não sentem que possuem os recursos necessários para ensinar o tema a seus alunos. Confira:
Além de entender o tema, compreender qual o papel do educador é um desafio não só na proteção contra a violência sexual, mas também no estímulo ao uso seguro e ético da internet para que ele traga influências positivas ao desenvolvimento de crianças e adolescentes.
Nunca é demais lembrar que, nos últimos anos, cresceu assustadoramente os casos de sexting (divulgação de conteúdos eróticos e sensuais através de celulares) entre pares. A tecnologia cria oportunidades de mudança cultural, ao mesmo tempo que reforça também padrões já estabelecidos de masculinidade e feminilidade não igualitários em termos de gênero e não respeitosos à dignidade sexual e ao desenvolvimento saudável da sexualidade.
Nesse sentido, a escola pode estabelecer espaços de discussão sobre a proteção da criança ou do adolescente e garantir um cuidado efetivo; participar de campanhas de mobilização sobre a segurança no ambiente digital: quanto mais engajados, atentos e bem informados os alunos, mais estarão protegidos.
A escola pode:
- Capacitar os professores e o corpo técnico com programas de formação para serem capazes de identificar crianças e adolescentes em situação de risco e orientá-los de forma adequada para a prevenção da violência.
- Disponibilizar um espaço de disseminação da informação, auxiliando a mudança de percepções negativas e errôneas sobre o tema, por meio de palestras, encontros de discussão e esclarecimento, com pais, alunos, professores.
- Usar as informações disponíveis na mídia, textos, dados estatísticos e outros, para incentivar as discussões em sala de aula com os alunos, desmistificando o tema e abrindo a possibilidade do diálogo.
- Trabalhar a sexualidade como parte integrante do desenvolvimento integral do aluno, o que exige o enfrentamento do tabu e do preconceito.
- Oferecer aulas de orientação sexual como tema constante no ensino escolar, como sugerem os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do MEC. Isso pode contribuir para a prevenção da exploração sexual de crianças ou adolescentes, pois melhora a autoestima, conscientiza e aumenta a percepção de si mesmo e de seus direitos.
- Denunciar em caso de qualquer suspeita de violação de direitos contra crianças e adolescentes.
Para saber mais, acesse a nossa cartilha Navegar com Segurança.
Acesse também o Curso de Cidadania Digital e Segurança, voltado para educadores, disponibilizado gratuitamente pelo Google.
Nenhum comentário:
Postar um comentário