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quinta-feira, 18 de maio de 2017

A saúde mental merece um movimento de conscientização


Nos Estados Unidos, desde 1949, maio é o mês da conscientização da saúde mental. No Brasil, há um movimento liderado por psicólogos para tornar janeiro o mês para promover ações com esse perfil, por ser a época do ano de repensar a vida e os planos. A iniciativa ainda não deslanchou por aqui, mas vai de vento em popa nos EUA. Em 2017, o mote da campanha é “Negócios de risco”, sobre hábitos e comportamentos que podem indicar algum problema ou levar a quadros de desordem psicológica ou doença mental. A prevenção ganha cada vez mais foco dos serviços de saúde por conta do envelhecimento da população: muitos adultos ficam sem diagnóstico ou tratamento apropriado ao longo de suas vidas, com forte impacto na velhice. A Mental Health America (MHA) listou seis fatores que, se mapeados a tempo, poderão ter seu processo interrompido antes de causar mais danos aos indivíduos: maconha, sexo compulsivo, uso abusivo de medicamentos, vício em internet, comprar compulsivamente e atividade física em padrões extremos.

Maconha:
Os americanos têm se preocupado cada vez mais com a marijuana principalmente porque 20 estados do país já legalizaram a droga para utilização terapêutica – sendo que, em oito deles, o uso “recreativo” também está liberado. Entre a população, 57% são a favor da legalização e 69% acreditam que o álcool é mais prejudicial à saúde. Um pequeno questionário avalia se há risco de transtorno por uso de Cannabis, com as perguntas referindo-se à forma de consumir maconha no último ano:

1)    Você usou marijuana em grandes quantidades por mais tempo do que pretendia?
2)    Queria parar de usar a droga, mas não teve sucesso?
3)    Dedidcou muito tempo tentando obter ou usando maconha?
4)    Teve desejo intenso ou urgência de uso da droga?
5)    Teve problemas de desempenho no trabalho, na escola ou em casa por causa da marijuana?
6)    Continuou a usar a droga apesar de problemas causados em seus relacionamentos?
7)    Abandonou atividades de que gostava por causa do uso de maconha?
8)    Usou marijuana em situações que poderiam implicar risco físico, como dirigir?
9)    Continuou usando maconha apesar de problemas físicos ou mentais que ela causou ou agravou?
10)   Desenvolveu tolerância à droga, necessitando de mais substância para atingir o efeito desejado?
11)   Teve sintomas de abstinência quando parou de usar a droga, retomando o uso para diminuir o desconforto?
Quem respondeu sim a duas ou mais perguntas pode estar enfrentando o transtorno citado.

Sexo compulsivo:
Quando sexo se torna uma obsessão, ele faz mais mal do que bem. Basta lembrar que 30% dos conteúdos da internet são relacionados a pornografia. A MHA adverte que 83% das pessoas que se assumem como viciadas em sexo apresentam também um quadro de dependência a álcool ou a outro tipo de droga, além de comportamento de compulsão por jogo ou trabalho. E há estudos apontando que metade já teve pelo menos um episódio severo de depressão.

Uso abusivo de medicamentos:
Além do risco da automedicação, a utilização abusiva de remédios prescritos pode ter consequências graves. Nos EUA, pelo menos 7% reconhecem ter feito uso indevido de medicamentos controlados. A dependência de analgésicos opiáceos, que dependem de receita, tem crescido assustadoramente; e as pessoas também consomem tranquilizantes, sedativos e estimulantes sem obedecer às indicações médicas.

Vício em internet:
Há cinco tipos diferentes de manifestações de dependência na internet, que levam as pessoas a entrar na rede e ter dificuldades de sair, abrindo mão da vida social ou familiar: consumo de sexo e pornografia; compulsão em apostas e compras; relacionamentos (uso de mídias sociais, encontros etc.); jogos on-line; busca de informação e bancos de dados.Para checar o nível de dependência da internet, mais um questionário – se você concordar com a maior parte das afirmações, pode estar na hora de buscar ajuda:
1)  Penso em estar on-line o tempo todo. Se não estou, imagino quando poderia estar conectado de novo ou me lembro de quando estive da última vez.
2)  Preciso de cada vez mais tempo on-line para me sentir satisfeito.
3)  Tenho tentado controlar ou reduzir o tempo dedicado à internet, mas não tive êxito.
4)  Fico irritado ou deprimido quando tento reduzir o tempo em que estou conectado.
5)  O tempo que dedico à internet já ameaçou ou vem ameaçando um relacionamento importante para mim; ou meu trabalho; ou estudos.
6)  Perco a noção do tempo quando estou on-line.
7)  Às vezes minto para pessoas com as quais me importo sobre o tempo que gasto na internet, ou o tipo de atividade que tenho na rede.
8)  Estar on-line me ajuda a esquecer dos meus problemas e melhora meu humor quando estou triste, ansioso ou me sentindo solitário.

Comprar compulsivamente:
Indivíduos que compram compulsivamente adquirem tantos itens que podem vir a se tornar acumuladores. Normalmente são pessoas com problemas de ansiedade, depressão e baixa autoestima. Na verdade, 61% dos acumuladores também são compradores compulsivos, mas quem sofre dessas desordens tem comportamento distinto em cada caso. O foco do comprador é o processo da compra em si, é o que lhe dá prazer; o do acumulador, o item sendo adquirido. A motivação do comprador é elevar seu status social ou o alívio de emoções negativas; a do acumulador, coletar itens que acabam tendo valor sentimental ou uma percepção de utilidade. O comprador não se apega aos itens que adquire; o acumulador não suporta a ideia de se desfazer deles.

Atividade física em padrões extremos:
1)    Muito menos do que o necessário (em inglês, not enough, ou seja, não o bastante): a pessoa não consegue fazer o mínimo recomendado para se manter saudável, insistindo num estilo de vida sedentário. A maioria está aí: 80% dos adultos não se exercitam como deveriam, e pagarão um preço alto com problemas de saúde.
2)    Muito mais que o necessário (em inglês, never enough, isto é, nunca o bastante): quando exercitar-se vira uma obsessão, a ponto de a pessoa se privar de convívio social ou faltar a compromissos, sentindo-se extremamente infeliz ou culpada quando não está malhando. Felizmente, a estimativa é de que apenas 3% sofram desse tipo de desordem.
Por trás desses comportamentos compulsivos, há riscos que, com o envelhecimento, poderão comprometer não só a saúde, mas também as finanças. Portanto, maio pode ser um bom mês para começar a pensar a respeito e buscar ajuda profissional pensando nos próximos 20 ou 30 anos.

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