Publicado em 19/04/2017
Estimativas compiladas pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) revelam uma alta incidência do consumo episódico e excessivo de bebidas alcoólicas entre indivíduos de 15 a 19 anos nas Américas — 29,3% entre os homens e 7,1% entre as mulheres.
Em nova publicação, agência regional da OMS propõe recomendações para que países reduzam exposição de grupos vulneráveis ao marketing sobre álcool.
Quanto mais cedo os jovens são expostos à publicidade de bebidas alcoólicas, mais chances eles têm de começar a beber precocemente ou de ingerirem uma maior quantidade de álcool, caso já bebam. A conclusão é de estudos reunidos pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) em publicação divulgada nesta semana. Documento propõe regulações no marketing de produtos nocivos à saúde.
Estimativas compiladas pelo organismo regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam uma alta incidência do consumo episódico e excessivo de bebidas alcoólicas entre indivíduos de 15 a 19 anos nas Américas — 29,3% entre os homens e 7,1% entre as mulheres. A região tem, em média, índices de ingestão de álcool maior do que as outras partes do mundo.
Os jovens são cinco vezes mais propensos a beber marcas de álcool que anunciam na televisão nacional e tem 36% mais probabilidade de comprar produtos anunciados em revistas nacionais.
O álcool é considerado pela OPAS o principal fator de risco de morte e incapacidade entre pessoas de 15 a 49 anos vivendo nas Américas. O consumo abusivo da substância é também um dos quatro fatores de risco mais comuns — e evitáveis — para as principais doenças não transmissíveis.
Atualmente, quase 40% dos países das Américas não têm restrições ao marketing de bebidas alcoólicas e nenhum deles conta com uma proibição total de comercialização. Sete países relataram ter códigos de autorregulação, apesar das evidências de que essas medidas não são eficazes em reduzir a exposição dos consumidores menores de idade à propaganda sobre álcool.
A publicação da OPAS observa que interdições abrangentes ao marketing de produtos alcoólicos é provavelmente a única maneira de eliminar as possibilidades de que os meios de comunicação influenciem os que mais precisam de proteção — como adolescentes e outros grupos vulneráveis.
Para ajudar Estados-membros, a agência da ONU apresenta no documento elementos que podem ser usados pelos governos para fortalecer marcos legais e regulatórios sobre publicidade. Acesse a publicação clicando aqui.
A OPAS lembra ainda que a publicidade sobre bebidas alcoólicas é bastante difundida nas Américas, usando algumas das técnicas mais modernas de publicidade, para além dos usos tradicionais de mídias impressas e eletrônicas. Estratégias incluem o patrocínio de equipes e eventos esportivos, descontos especiais, presença nas redes sociais e vendas ou fornecimento para instituições de ensino e de saúde.
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