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terça-feira, 23 de julho de 2019

A cada 4 dias, Brasil registrou um caso de tráfico de pessoas em 2018

Situações que envolvem exploração sexual representam um quarto das denúncias do Disque 100. As avós são as principais envolvidas nos crimes


OTÁVIO AUGUSTO 

Metrópoles

Ednilson Aguiar/ O Livre
EDNILSON AGUIAR/ O LIVRE

Números do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos revelam um cenário preocupante: em 2018, a cada quatro dias o Brasil registrou um caso de tráfico de pessoas. Ocorrências envolvendo exploração sexual são as mais recorrentes, e as avós, as principais algozes. Os dados fazem parte de um levantamento da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, com base em informações do Disque 100 — canal de denúncias do governo federal.

No ano passado, foram 159 denúncias, que resultaram em 170 violações (uma mesma pessoas pode ter sido vítima de mais de um crime). Um quarto dos casos envolve exploração sexual. O tráfico (interno e internacional) com este fim representa 25% das denúncias, sendo o interno 16,9% e o internacional 8,1%.


ranking é composto ainda por casos de tráfico interno para fins de adoção (7,5%), interno para fins de exploração de trabalho (6,9%), internacional para exploração de trabalho (5,0%), internacional para fins de adoção (2,5%), internacional para remoção de órgãos (1,8%) e, por fim, interno para remoção de órgãos (0,63%). A categoria “outros” representa 57,23% das violações.


Entre as vítimas, 53,1% são do sexo feminino, seguidas por sexo masculino (11,7%), e de sexo não informado (35,14%). O balanço de 2018 também informou que a faixa etária das vítimas é de 15 a 17 anos (18,9%), 0 a 3 (7,2%), 25 a 30 anos (6,31%), 12 a 14 (4,50%), 18 a 24 anos (3,6%) e recém-nascido (1,8%). Desses, 54,9% não informaram a faixa etária.


No que tange à relação entre suspeito e vítima, as avós são as principais denunciadas – elas representam 4,2%, seguidas por desconhecidos (2,4%), mães (1,8%), empregados (1,8%) e empregadores (1,2%). A categoria “não informados” soma os maiores índices (86,7%).


Segundo as denúncias, as violações geralmente acontecem em casa (34,1%), casa do suspeito (20,2%), na casa da vítima (5,0%) e no local de trabalho (3,0%). Os números registrados em 2018 são 29% menores do que os de 2017, quando ocorreram 226 casos de tráfico de pessoas.


Para a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, é preciso alertar a sociedade sobre este crime velado, que coloca em risco a vida e a dignidade das pessoas. “Temos de estar atentos para combater e denunciar situações como essas”, afirmou em comunicado à imprensa.


Disque 100

Oferecido pelo governo federal, o Disque 100 é um serviço de discagem direta e gratuita disponível para todo o Brasil. A ferramenta também pode ser acionada por meio do aplicativo Proteja Brasil.


O serviço tem como objetivo acatar e encaminhar denúncias de violações de direitos humanos envolvendo crianças e adolescentes, pessoas idosas, pessoa com deficiência, população em situação de rua, população LGBT, pessoas em privação de liberdade, conflitos agrários e urbanos, demandas indígenas e de igualdade racial, entre outras.

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