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quarta-feira, 31 de julho de 2019

Desiguais desde o parto

EMILY ALMEIDA E RENATA BUONO
22jul2019
Desde 2009, o número de cesarianas realizadas no Brasil vem superando o de partos normais. Em 2017, elas representaram 56% do total de partos no país. Mas as cesáreas não ocorrem com frequência igual entre as brasileiras: proporcionalmente, são dez vezes mais comuns entre mulheres com mais anos de estudo do que entre aquelas sem instrução. A OMS considera aceitável uma taxa de 10 a 15% de cesarianas, e a porcentagem de cesáreas no Brasil ainda é maior que a verificada em outros países. Nesta semana, a piauí reúne comparações sobre as cesarianas.



No Brasil, em 2017, as cesarianas representaram 56% dos partos realizados no país. Naquele ano, nos Estados Unidos, elas somaram 32%. Ou seja, no Brasil, de cada 12 partos realizados, 7 foram cesáreos. Nos Estados Unidos, o número foi de 4 a cada 12 partos.
A região Centro-Oeste foi a que concentrou a maior taxa de partos cesáreos por 10 mil habitantes em 2017, com 95. Isso é quase o dobroda taxa de partos normais registrados naquele ano na região (57). Assim, para cada bebê nascido num parto normal, nasceram dois de cesariana.
Goiânia é a capital com maior proporção de partos cesáreos no país, e Macapá, a de menor proporção. Em comparação com o total de nascimentos, para cada parto cesáreo feito em Macapá, há 4 em Goiânia

Em 2017, mulheres com mais de doze anos de instrução fizeram, proporcionalmente, quase 10 vezes mais cesarianas que mulheres sem nenhuma instrução

Uma das maiores proporções de cesarianas por local de residência da mãe, no município do Rio de Janeiro, está na Barra da Tijuca, bairro de classe média alta. Uma das menores proporções está no Complexo do Alemão, conjunto de favelas na zona norte do Rio. Proporcionalmente, para cada parto cesáreo realizado no Complexo do Alemão em 2017, havia 6,5 na Barra

As cesáreas também são maioria entre mulheres casadas. Proporcionalmente, elas fizeram 2,5 vezes mais partos cesáreos do que mulheres solteiras em 2017. 

No Brasil, quanto mais jovem é a mulher, menor a probabilidade de o parto ser cesáreo. Em 2017, uma mulher na média dos 32 anos fez, proporcionalmente, 3 vezes mais partos cesáreos que uma na média dos 17 anos.
Fontes: Datasus; Centers for Disease Control and Prevention; Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro

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