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quarta-feira, 17 de julho de 2019

A GANHA-PÃO (The Breadwinner) | Trailer PT



CinemaAção

Dificilmente uma sinopse dará conta da grandeza de temas de A Ganha-pão. A animação é profunda, trabalha tópicos sociais, religiosos, líricos, familiares e culturais. Mas, façamos uma simplória, apenas para introduzir o assunto.
A Ganha-pão conta a história de Parvana, uma menina de 11 anos lidando com as dificuldades de sobreviver no Afeganistão em 2001. O país está em guerra contra os Estados Unidos e é controlado pelo Talibã.
Nesse regime social, mulheres não podem sair às ruas e o sustento da família depende dos homens. Nossa trama começa quando cabe à criança Parvana a responsabilidade de prover para a família. 
A menina lida com as dificuldades diárias apoiando-se em narrativas literárias sobre os antepassados do povo dela e fábulas sobre ensinamentos e superações. Assim, a direção transporta o espectador para o universo lúdico dessas narrativas.
A paleta de cores torna-se colorida apenas quando somos levados para as ficções da menina, justamente para quebrar com o mundo acinzentado, triste e sombrio no qual ela vive. De tal forma, temos uma animação dentro de outra animação; metalinguagem narrativa. 
Embora as personagens de apoio tenham momentos singulares e contribuam para a movimentação da trama, não há desenvolvimento delas. O irmão ausente da ganha-pão está mais fortemente representado que a família dela. O longa poderia ter explorado um pouco mais o passado daquela família, uma vez que há muito foco nessa questão.
As idas e vindas para o mundo fictício narrado pela garotinha pode desviar a atenção do espectador, mas o recurso é coerente com a história ali contada. Desde o começo somos apresentados a uma tradição cultural movida por histórias.
Há algumas frases de efeito, nada muito marcante, mas destaco este momento: “Levante suas palavras, não sua voz. É a chuva que faz as flores crescerem, não o trovão.” 
A animação é baseada na trilogia literária infantojuvenil de Deborah Ellis. No Brasil, os livros foram publicados pela Editora Ática, com os títulos: “A outra face”, “A viagem de Parvana” e “Meu nome é Parvana”.
O filme foi indicado ao Oscar 2018 como melhor animação e já ganhou vários festivais de cinema.

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