Contribua com o SOS Ação Mulher e Família na prevenção e no enfrentamento da violência doméstica e intrafamiliar

Banco Santander (033)

Agência 0632 / Conta Corrente 13000863-4

CNPJ 54.153.846/0001-90

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


Mãe de babá executada por morte de bebê critica Arábia Saudita

Protesto contra a execução de Rizana:
ONGs criticam condenação de menor de idade à morte
A mãe de uma empregada doméstica do Sri Lanka decapitada na Arábia Saudita perdoou aqueles que, segundo ela, queriam que a filha fosse executada.
Segundo Rafeena Nafeek, a filha Rizana era inocente e foi injustamente condenada por matar um bebê em 2005.
Rizana ficou presa oito anos e o governo saudita negou-se a mudar sua pena, apesar dos apelos de grupos de defesa dos direitos humanos, alegando que os pais do bebê se opunham a isso.
Os registros mostram que Rizana tinha apenas 17 anos quando o bebê morreu, o que faria de sua condenação à morte uma violação dos direitos internacionais da criança.
Seus pais, que vivem em uma casa humilde no Leste do Sri Lanka, chegaram à Arábia Saudita duas semanas depois de ela ser executada.
Chorando, Rafeena disse ter perdoado os pais do bebê, que insistiram na decapitação de sua filha.
"Não adianta culpar ninguém - Rizana foi embora", ela disse à BBC.
"Só soubemos da execução dela pela mídia. Eles (as autoridades sauditas) deviam pelo menos ter nos informado. Até nosso pedido para levar seu corpo para o Sri Lanka foi negado."

Problema social
Antes de morrer, Rizana teria pedido que os pais se empenhassem pela educação de seus irmãos mais novos.
Rafeena aconselhou outras famílias pobres a não enviarem suas filhas para trabalharem como domésticas na Arábia Saudita ou qualquer outro lugar.
Nesta semana, duas adolescentes do Sri Lanka foram apreendidas tentando entrar no país, que é criticado por ONGs por suas condenações à morte e leis duras restringindo direitos femininos.
Segundo Charles Haviland, correspondente da BBC em Colombo, capital do Sri Lanka, aparentemente o passaporte de Rizana foi falsificado quando ela foi para a Arábia Saudita, indicando que ela teria 23 anos, em vez de 17.
O bebê saudita morreu quando estava sob cuidados da menina, no que Rizana dizia ter sido um acidente. O entendimento dos tribunais sauditas, porém, foi que a criança foi estrangulada.
Alguns grupos de defesa dos direitos humanos denunciam que o julgamento não foi justo porque Rizana não teve direito nem a um tradutor nem a um advogado.
Nafeek rejeitou uma oferta de indenização da Arábia Saudita, alegando que não poderia aceitar nada "do país que matou Rizana".
Na terça-feira, o presidente do Sri Lanka entregou à família US$ 7.800 (R$ 15.963).

Nenhum comentário:

Postar um comentário