Ela é belga, naturalizada brasileira, e vive e atende há décadas no Rio de Janeiro, cidade que escolheu para morar. Psicanalista e psicóloga clínica, Malvine Zalcberg lança seu terceiro livro na França, "Devenir femme de mère en fille", "Tornar-se mulher, de mãe em filha", em tradução livre. O livro mapeia, usando como paralelo grandes filmes contemporâneos, a construção da identidade feminina em jovens garotas, a partir do espelhamento com suas mães.
"Todos os capítulos e todos os temas psicanalíticos são ilustrados por filmes. O cinema é a psicanálise nasceram juntos, no século 19. A arte precede tudo. Ela desperta as nossas mais profundas emoções. Hitchcock foi um bom exemplo do uso da psicanálise aplicada ao cinema. Ele é um grande aliado para mostrar o que acontece entre mãe e filha, aplicado a cada uma das situações", afirma.
Mal-entendidos dolorosos
"Faço um percurso desde o nascimento da menina até ela se tornar mãe. Temos muito mais histórias de mães e filhas que se amam muito, mas realmente não se entendem. E chegam às vias de fato de mal-entendidos dolorosos entre elas. Esse tipo de relacionamento não é fortuito. Nem devotamento materno nem amor são suficientes para evitar esse tipo de problema", comenta a psicanalista.
"As mães precisam entender que cada etapa é importante na evolução da filha. Como ela tem um corpo diferente do menino, ela precisa de outro olhar do que aquele que se dá ao menino", diz Zalcberg. "Nem tudo é desvantagem, no entanto. A mulher é mais criativa, porque a primeira coisa que ela tem que criar é ela mesma", analisa a escritora.
*Para ver a entrevista na íntegra, clique no vídeo abaixo.
O livro tem sua versão brasileira: "De menina a mulher: cenas da elaboração da feminilidade no cinema e na psicanálise". Disponível no site da editora https://loja.edicoesdejaneiro.com.br/de-menina-a-mulher.
ResponderExcluirAgradecemos pela valiosa informação!
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