A gente precisa estabelecer prioridades e, principalmente, se colocar como prioridade. E um passo importante para isso é reconhecer o que nos afeta.
25/08/2019
HuffPost Brasil
Ana Beatriz Rosa
“Tóxico” foi eleita a palavra do ano em 2018 pelo dicionário de Oxford. O termo esteve ligado a conversas sobre machismo, masculinidades, relacionamentos e meio ambiente.
25/08/2019
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Ana Beatriz Rosa
“Tóxico” foi eleita a palavra do ano em 2018 pelo dicionário de Oxford. O termo esteve ligado a conversas sobre machismo, masculinidades, relacionamentos e meio ambiente.
Para a psicologia, no entanto, “tóxico” também tem um significado bastante específico: É todo aquele comportamento destrutivo que pode ser adquirido ou reproduzido.
Mas uma pessoa não pode ser simplesmente tóxica e ponto final. Ela precisa ser tóxica para alguma coisa específica, me explicou o psicólogo Flávio Voight.
Mas uma pessoa não pode ser simplesmente tóxica e ponto final. Ela precisa ser tóxica para alguma coisa específica, me explicou o psicólogo Flávio Voight.
Por exemplo, uma pessoa tóxica tem comportamentos emocionais que te fazem mal, ou gatilhos relacionados à manipulação psicológica, ou reproduz discursos de ódio que te afetam. Enfim.
“No fim das contas, a pessoa pode ser tóxica do jeito que quiser, mas a sua toxicidade só vai ter efeito enquanto for absorvida por alguém”, diz.
(Aqui, um parêntese importante precisa ser feito: nem todo comportamento tóxico se restringe à um relacionamento abusivo com um parceiro, por exemplo. Você pode identificar esses comportamentos na sua relação com seus familiares, o seu chefe ou até com si mesmo.)
Mas o que isso quer dizer exatamente?
Bom, eu sou bastante fã da metáfora da máscara de gás, conhecem?
Isso quer dizer que se você percebe alguns gatilhos de relações contaminadas, de comportamentos destrutivos, é preciso colocar a máscara e cuidar da nossa própria segurança para, então, compreender como auxiliar o outro.
“Se algo lhe for tóxico, observe o que te obriga a estar próximo desse modo de agir. Tente perceber de que maneiras você pode evitar reproduzir esses hábitos, e pense em como não se afetar tanto emocionalmente quando esses comportamentos acontecem”, diz Flávio Voight.
A gente precisa estabelecer prioridades e, principalmente, se colocar como prioridade. E um passo importante para isso é reconhecer o que nos afeta.
Não à toa, existe outra palavrinha que está muito na moda por aí, a tal do detox.
4 dicas de como evitar situações tóxicas1. Escute o seu corpoA gente tem uma grande ferramenta para perceber o que faz sentido ou não para a gente, que é a nossa sensação física. O conforto ou o desconforto que a gente sente ao passar por um sentimento ou uma situação diz muito sobre a gente. A pele grita, os músculos se retraem e eu me sinto ansioso.2. Se permita um processo de auto-atençãoCompreenda os seus sentimentos e as suas emoções. Compreenda o espaço que o outro ocupa na sua vida e como isso te afeta.3. Construa filtrosA gente tem a tendência de idealizar relações sejam elas familiares, profissionais ou amorosas. É preciso questionar aquelas regrinhas que a gente considera como o modelo-do-relacionamento-perfeito para entender, de fato, o que faz bem para a gente.4. Desenvolva a sua inteligência emocionalA inteligência emocional é uma aptidão construída. Ela se desenvolve quando a gente vive com atenção os nossos processo emocionais. Mas somente a vivência não é suficiente. Eu posso viver 10 relacionamentos e ainda assim não perceber o que é um relacionamento abusivo. A inteligência emocional é agregar às nossas vivências a nossa capacidade de observação e fazer disso tudo uma forma de viver mais leve, com a capacidade de reconhecer cada situação e como a gente pode reagir à elas de formas diferentes.
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