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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013


Muçulmanas invadem mercado de trabalho no Reino unido

Uma explicação oculta para os surpreendentes números de empregos britânicos: mulheres de Bangladesh e Paquistão estão finalmente entrando no mercado de trabalho

Número de mulheres que está tentando
conseguir emprego está subindo
(Fonte: Reprodução/Photofusion)
Os 450 mil bengalis e 1,1 milhão de paquistaneses da Grã-Bretanha, que começaram a chegar em grandes contingentes nas décadas de 60 e 70, sofrem com uma grande penalidade que é parcialmente autoinfligida. 

Enquanto os imigrantes oriundos de Bangladesh e do Paquistão têm uma taxa de emprego comparável aos homens negros, a taxa de emprego das mulheres equivale a cerca de metade daquela de outras mulheres de minorias étnicas. A falta de uma segunda fonte de renda é a principal razão porque mais da metade das famílias bengalis e paquistanesas vivem abaixo da linha de pobreza oficial, e porque tantos dependem de pagamentos do sistema de bem-estar social para completar seu orçamento. O custo mais amplo para a Grã-Bretanha da marginalização social de uma parte tão grande de sua população islâmica é enorme. No entanto, há alguns sinais de mudança animadores.

Uma combinação de cultura tradicional e preconceito moderno mantém as mulheres distantes do trabalho. Muitas ainda acreditam que é papel do marido sustentar a família. Mesmo que queiram trabalhar, espera-se que as mulheres bengali e paquistanesas assumam muitas tarefas domésticas de limpeza, cozinha e cuidado infantil, o que faz com que reste pouco tempo para um emprego. Os hábitos das vilas são duros na queda: mulheres casadas tendem a se mudar para a casa de seus sogros, os quais às vezes invejosamente restringem sua liberdade.

De modo que existe uma “penalidade étnica” em termos de contratação. Cerca de 30% das mulheres bengali que querem trabalhar estão desempregadas. Até mulheres com muitos anos de educação com nomes islâmicos podem ter dificuldade em conseguir entrevistas de emprego, afirma Shaista Gohit, diretora da Rede de Mulheres Islâmicas. Muitos empregadores relutam em contratar mulheres islâmicas por temer que elas abandonem o emprego para cuidar de crianças. Por outro lado, para imigrantes recentes, um inglês fraco e pouca educação formal são enormes barreiras para o mercado de trabalho, fazendo com que a essas mulheres sejam relegados empregos mal pagos e subalternos.

De acordo com a Pesquisa da Força de Trabalho, no entanto, o número de mulheres que está tentando conseguir emprego está subindo de modo surpreendentemente rápido. Desde 2008, quando a Grã-Bretanha entrou em profunda recessão, a proporção de mulheres paquistanesas ativas na força de trabalho aumentou de 29% para 43%. Para mulheres bengali, a tendência já começou há algum tempo. Muitas apenas trocaram a inatividade completa pelo desemprego, mas também houve saltos consideráveis na proporção das que têm empregos. Por outro lado, a taxa de emprego de mulheres brancas, cerca de 68%, pouco mudou. Esta caiu entre africanos negros e mulheres caribenhas.


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