ONU defende mudanças para combater violência a mulheres na Índia
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Em comunicado, alta comissária de direitos humanos diz que país precisa de "transformação fundamental" do sistema indiano, após estupro e morte de uma jovem de 23 anos, violentada por um grupo de seis homens num ônibus.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU está pedindo "mudanças fundamentais" no sistema da Índia para combater a violência a mulheres no país.
Em comunicado, a alta comissária Navi Pillay condenou a morte de uma jovem de 23 anos após ferimentos causados por um estupro no última dia 16 de dezembro. Segundo agências de notícias, a jovem foi violentada por seis homens dentro de um ônibus em Nova Délhi, capital da Índia.
Dignidade
Pillay disse que a "terrível tragédia" deve levar a mudanças no país. Segundo ela, o "povo está pedindo uma transformação em sistemas que discriminam mulheres e a criação de uma cultura que respeite a dignidade feminina na lei e na prática."
A alta comissária da ONU afirmou esperar que 2013 traga uma virada na questão da violência a mulheres na Índia.
Ainda no comunicado, Navi Pillay citou outros casos de estupros como o ocorrido em outubro, quando uma menina de 16 anos acabou se autoimolando após ser violentada por um grupo de homens em Haryana. O estado é conhecido pelos altos níveis de violência sexual.
Classes e Castas
Para Pillay, o problema é nacional e afeta mulheres de todas as classes sociais e castas indianas.
Neste ano, o Parlamento da Índia aprovou uma legislação sobre a proteção de crianças de violências sexuais, mas para a alta comissária da ONU o grande número de casos de estupros de crianças requer uma ação mais rápida.
Ainda neste fim de semana, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, expressou tristeza pela morte da estudante indiana e condenou o que chamou de um crime brutal. Segundo ele, a violência contra mulheres não pode jamais ser aceita e nem tolerada.
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