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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013


ONU defende mudanças para combater violência a mulheres na Índia

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Em comunicado, alta comissária de direitos humanos diz que país precisa de "transformação fundamental" do sistema indiano, após estupro e morte de uma jovem de 23 anos, violentada por um grupo de seis homens num ônibus.
Vítimas são geralmente jovens
Os casos de violência afetam mulheres de todas as classes sociais
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU está pedindo "mudanças fundamentais" no sistema da Índia para combater a violência a mulheres no país.
Em comunicado, a alta comissária Navi Pillay condenou a morte de uma jovem de 23 anos após ferimentos causados por um estupro no última dia 16 de dezembro. Segundo agências de notícias, a jovem foi violentada por seis homens dentro de um ônibus em Nova Délhi, capital da Índia.
Dignidade
Pillay disse que a "terrível tragédia" deve levar a mudanças no país. Segundo ela, o "povo está pedindo uma transformação em sistemas que discriminam mulheres e a criação de uma cultura que respeite a dignidade feminina na lei e na prática."
A alta comissária da ONU afirmou esperar que 2013 traga uma virada na questão da violência a mulheres na Índia.
Ainda no comunicado, Navi Pillay citou outros casos de estupros como o ocorrido em outubro, quando uma menina de 16 anos acabou se autoimolando após ser violentada por um grupo de homens em Haryana. O estado é conhecido pelos altos níveis de violência sexual.
Classes e Castas
Para Pillay, o problema é nacional e afeta mulheres de todas as classes sociais e castas indianas.
Neste ano, o Parlamento da Índia aprovou uma legislação sobre a proteção de crianças de violências sexuais, mas para a alta comissária da ONU o grande número de casos de estupros de crianças requer uma ação mais rápida.
Ainda neste fim de semana, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, expressou tristeza pela morte da estudante indiana e condenou o que chamou de um crime brutal. Segundo ele, a violência contra mulheres não pode jamais ser aceita e nem tolerada.

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