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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Fórum reúne lideranças empresariais no Rio para discutir igualdade de gênero no setor privado

16/01/2019
O II Fórum WEPs Rio de Janeiro reuniu cerca de 180 pessoas na capital fluminense no fim de novembro (30) para discutir os principais desafios na implementação dos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, na sigla em inglês), além de boas práticas nas empresas para promover a igualdade de gênero e o empoderamento econômico das mulheres.
O evento foi promovido pela ONU Mulheres em parceria com a Petrobras Distribuidora, por meio do programa “Ganha-Ganha: Igualdade de gênero significa bons negócios”, iniciativa de ONU Mulheres, Organização Internacional do Trabalho e União Europeia (UE). O encontro teve o apoio da Rede Brasil do Pacto Global.
Criados em 2010 pela ONU Mulheres e pelo Pacto Global da ONU, os sete Princípios de Empoderamento das Mulheres têm se tornado referência para que as empresas implementem políticas para a promoção da igualdade de gênero no local de trabalho, no mercado e na comunidade.

O II Fórum WEPs Rio de Janeiro reuniu cerca de 180 pessoas na capital fluminense no fim de novembro (30) para discutir os principais desafios na implementação dos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, na sigla em inglês), além de boas práticas nas empresas para promover a igualdade de gênero e o empoderamento econômico das mulheres.


O evento foi promovido pela ONU Mulheres em parceria com a Petrobras Distribuidora, por meio do programa “Ganha-Ganha: Igualdade de gênero significa bons negócios”, iniciativa de ONU Mulheres, Organização Internacional do Trabalho e União Europeia (UE). O encontro teve o apoio da Rede Brasil do Pacto Global. Na ocasião, a Petrobras se tornou signatária dos WEPs.
A gerente dos WEPs da ONU Mulheres e especialista para o setor privado do programa “Ganha-Ganha no Brasil”, Adriana Carvalho, destacou a abrangência dos WEPs, que orientam as empresas no empoderamento das mulheres dentro da organização, na cadeia de valores e nas comunidades, e mostram a importância da inclusão de ações de enfrentamento à violência dentro da pauta de empoderamento econômico.
Ela lembrou a importância de se discutir a inclusão das mulheres no mercado de trabalho e de se fortalecer as empreendedoras. “O fortalecimento econômico das mulheres é também o fortalecimento dos negócios, e a adoção de boas práticas pelas empresas são fundamentais nesse processo. Não há uma única fórmula para todas as companhias, e é preciso encontrar caminhos próprios”, disse Adriana.
A vice-presidente da Rede Brasil do Pacto Global da ONU e diretora de sustentabilidade da Enel Brasil, Marcia Massotti, comentou a importância da diversidade para o estímulo à criatividade e inovação nas empresas. “Além disso, o comprometimento das altas lideranças tem um papel decisivo nessa jornada”, disse, lembrando os dados do Instituto Global McKinsey, segundo os quais, se as mulheres de todos os países ocupassem os mesmos postos de trabalho dos homens, o PIB global cresceria 26% até 2025.
Já a gerente executiva de Responsabilidade Social da Petrobras, Beatriz Espinosa, defendeu que a diversidade nas equipes potencializa o ambiente de trabalho e traz impactos até na retenção de talentos para as companhias. Ela apresentou números sobre a crescente participação das mulheres nos quadros da Petrobras, que hoje é de 16%.

Mercado financeiro

Representante do Banco do Brasil, signatário dos WEPs, o gestor da divisão de fundos e ações da instituição, Vinicius Vieira, apresentou produto inovador no mercado financeiro nacional – o fundo BB Ações Equidade –, cujos resultados superaram as expectativas três meses após o lançamento.
O fundo investe diretamente em papéis de empresas consolidadas economicamente e que se destacam em boas práticas de igualdade de gênero. “A sociedade está em constante transformação. É uma nova realidade, onde não existem mais barreiras. A forma de propagação da informação quebra paradigmas”, afirmou, lembrando que, neste contexto, investidores que acompanham as tendências do mercado demandam, cada vez mais, produtos com foco em diversidade e sustentabilidade.
De acordo com Mara Turolla, gerente de Desenvolvimento de Talentos da Lee Hecht Harrison – também signatária dos WEPs –, é importante promover mudanças no mundo do trabalho. Ela defendeu que é preciso usar a linguagem dos negócios e mostrar números para convencer as empresas ainda resistentes às mudanças.

Violência familiar

Durante o painel sobre o papel das empresas no enfrentamento da violência contra as mulheres, a gerente de Projetos de Prevenção e Eliminação da Violência contra as Mulheres da ONU Mulheres no Brasil, Maria Carolina Ferracini, disse que mulheres que sofrem violência são mais suscetíveis a recusar ofertas de emprego.
Segundo ela, as empresas devem estar preparadas para enfrentar a questão, seja por meio da informação, do acolhimento e do estímulo ao debate. “Nos últimos 12 meses, 29% das brasileiras sofreram violência. A maioria, dentro de casa”, revelou.
Outros painéis do Fórum WEPs focaram no impacto do racismo na vida das mulheres, na publicidade brasileira e nos pequenos negócios. Na ocasião, o projeto da Petrobras Distribuidora de relacionamento com as motoristas, o “De carona com elas”, foi apresentado pela gerente de Planejamento de Comunicação e Marcas da Petrobras, Claudia Kruger. Já Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta, discutiu a promoção da igualdade de gênero e de raça na cadeia de valores.

WEPs e Ganha-Ganha

Criados em 2010 pela ONU Mulheres e pelo Pacto Global da ONU, os sete Princípios de Empoderamento das Mulheres têm se tornado referência para que as empresas implementem políticas para a promoção da igualdade de gênero no local de trabalho, no mercado e na comunidade. A adesão é gratuita e seu uso é voluntário, já que os WEPs não são um mecanismo de relatório ou certificação.
Desde janeiro de 2018, os WEPs foram reforçados com a criação do programa “Ganha-Ganha: Igualdade de gênero significa bons negócios” – parceria entre ONU Mulheres, OIT e União Europeia (UE).
A iniciativa promove a igualdade de gênero por meio do setor privado, com o objetivo de aumentar o empoderamento econômico e a liderança das mulheres para um crescimento sustentável, inclusivo e equitativo em seis países da América Latina e Caribe – Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Jamaica e Uruguai –, em colaboração com empresas e empreendedoras da UE.

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