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quarta-feira, 12 de junho de 2019

MARIA VAI COM AS OUTRAS #1: CABELOS

Na estreia da nova temporada, uma executiva e uma poeta falam sobre como se relacionam com seus cabelos cacheados dentro e fora do trabalho

28jan2019
As convidadas Natália Paiva e Stephanie Borges, pelo traço do ilustrador Caio Borges
As convidadas Natália Paiva e Stephanie Borges, pelo traço do ilustrador Caio Borges
Natália Paiva e Stephanie Borges são as primeiras entrevistadas dessa nova leva de episódios do Maria Vai Com as Outras. As duas se definem como negras de pele clara, e têm em comum a experiência de procedimentos químicos nos cabelos durante a adolescência, e da transição para os cabelos naturais.

Com diferentes origens e trajetórias profissionais, a executiva cearense e a poeta carioca falam sobre como se relacionam com seus cabelos desde a infância, na interação com família e amigos e, claro, no ambiente de trabalho.
Os cabelos são o tema da estreia dessa segunda temporada do programa, que tratará da relação entre o corpo da mulher e sua vida profissional e afetiva.
Bloco 1
Natália Paiva já atuou como jornalista em redação, e hoje é executiva do Instagram no Brasil. Em conversa com a apresentadora Branca Vianna, ela conta como sua condição familiar privilegiada ao mesmo tempo blindou-a de intervenções racistas, e fez com que ela demorasse a se enxergar como negra.

Dos anos em que submeteu os cachos à produtos químicos diz que só lembra o quanto era estressante, e que a decisão de parar de “relaxar o cabelo” veio junto com um questionamento sobre a própria raça e uma revisão do olhar sobre o racismo no Brasil.
Bloco 2
A poeta e tradutora Stephanie Borges passou a tratar quimicamente os cabelos aos 12 anos, quando a pressão do bullying no colégio ficou maior do que a cautela de sua mãe. As visitas periódicas aos cabeleireiros — que muitas vezes a faziam perder sábados inteiros, e chegavam a render queimaduras químicas — duraram por dez anos. Hoje, o cabelo cacheado é o tema principal de seu primeiro livro de poemas — não só na sua relação com os próprios cachos, mas como eles são vistos por conhecidos, colegas de trabalho e até mesmo por estranhos.

Com o cabelo natural ela conheceu a expressão “cabelo profissional” para se referir a cabelos lisos; e percebeu que nunca viu uma mulher que tivesse o mesmo tipo de cabelo que o dela em um cargo de chefia.

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