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quarta-feira, 12 de junho de 2019

MARIA VAI COM AS OUTRAS #7: RUGAS DE PREOCUPAÇÃO

Uma professora de inglês e uma física falam sobre como envelhecer afetou suas carreiras, suas vidas pessoais, a maneira como se apresentam e o que escolhem para vestir

22abr2019
As convidadas Heloisa e Marcia Barbosa, pelo traço do ilustrador Caio Borges
As convidadas Heloisa e Marcia Barbosa, pelo traço do ilustrador Caio Borges
Ser ao mesmo tempo jovem e experiente só não parece uma incoerência para empresas e empregadores que acham razoável exigir os dois de um só candidato ou candidata. Querer um funcionário com experiência específica faz sentido, mas exigir que essa pessoa seja jovem vem do preconceito que associa produtividade, e até mesmo criatividade, à juventude. E esse preconceito tem nome: “idadismo”. É o que aprendemos com a professora de inglês e pesquisadora Heloisa Duarte, de 44 anos, que estuda o assunto.

E quem também passa pelos julgamentos do “idadismo” é a física Marcia Barbosa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que, embora seja uma pesquisadora reconhecida internacionalmente, se vê, aos 59 anos, tendo que explicar sua escolha de roupa para colegas, familiares e até ilustres desconhecidos.
Heloisa e Marcia conversaram com Branca Vianna para o penúltimo episódio da segunda temporada do Maria Vai Com as Outras.
Bloco 1
Heloisa Duarte é professora de inglês e escritora de materiais didáticos para crianças. No seu curso de mestrado estuda o “idadismo”, a discriminação por motivo de idade, seja contra pessoas mais velhas, seja contra as mais jovens. Homens e mulheres são vítimas desse preconceito, mas a classe mais discriminada é a das mulheres com mais de 50 anos, às vezes até com mais de 40. Isso porque para a mulher os processos naturais do envelhecimento –como rugas e cabelos brancos – são vistos como algo a ser penalizado. E o resultado muitas vezes é serem tratadas como crianças, como incapazes de aprender coisas novas, como descartáveis.

Bloco 2
Marcia Barbosa é física e professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Entre seus projetos está chefiar uma equipe que estuda as propriedades da molécula da água com o objetivo de, lá na frente, resolver a questão da seca no Brasil. No entanto, nem a importância, nem a nobreza desse trabalho blindam Marcia dos julgamentos por ser uma mulher ativa e independente aos 59 anos. Com muito bom humor ela conta como até mesmo a menopausa pode ser usada para desqualificar o trabalho de uma mulher. E ainda explica o que define como “vida útil científica” de uma pesquisadora.

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