Agência Patrícia Galvão | 25/08/2020
O que torna algumas mulheres mais vulneráveis à violência? Por que é preciso enfrentar o racismo, a LBTIfobia e o capacitismo para coibir a violência sexual? Quais são os impactos das diversas discriminações no acesso à saúde e à justiça quando uma violência sexual já aconteceu? Essas são algumas das perguntas que norteiam a nova seção do lançada hoje pelo Instituto Patrícia Galvão: Violência sexual e suas intersecções com o racismo, a LBTIfobia e o capacitismo.
Dados e pesquisas mostram que alguns grupos de mulheres no país são mais vulnerabilizados, tanto por estarem sob maior risco de sofrerem violências sexuais quanto de terem seus direitos violados pelo Estado, por ação direta ou omissão, depois que a violência já aconteceu. A intersecção de preconceitos nas múltiplas condições femininas vividas por mulheres negras, indígenas, periféricas, LBTI+ e com deficiência não só aumenta o risco, como funciona como uma séria barreira para o acesso à justiça e a meios de interromper um ciclo de violência que se perpetua e perpassa o cotidiano dessas mulheres.
As especialistas e ativistas consultadas para o Dossiê Violência Sexual apontam que, para serem realmente eficazes, as leis, políticas públicas, serviços e ações de enfrentamento à violência sexual devem considerar as desigualdades estruturais e históricas e as diferentes condições vividas pelas mulheres em um país extenso e diverso como o Brasil.
Dossiê Violência Sexual: para compreender e enfrentar
Lançado em 2019, o traz informações sobre as diversas formas de assédio sexual e de violência de gênero online, além do estupro, considerado uma das formas mais graves de violação aos direitos humanos. Como essas violências acontecem no Brasil? Que leis e informações podem ajudar? Se estou passando por essas violências, quem eu posso procurar? O que eu preciso saber para apoiar uma vítima de violência sexual?Com o objetivo de compreender as múltiplas desigualdades que se combinam e que afetam de forma diferenciada mulheres negras, indígenas, periféricas, LBTI+ e com deficiência, também será lançada, na próxima semana, a seção “Violência sexual e a intersecção com o racismo, a LBTIfobia e o capacitismo”.
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