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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013


NÃO SIGA SUA PAIXÃO

TORNE-SE MUITO BOM – E A PAIXÃO SURGIRÁ

EU PENEI, PENEI, PENEI...
AÍ VIREI UM CRAQUE. DE REPENTE,
PASSEI A AMAR O QUE EU FAÇO!
(FOTO: GETTY IMAGES)
Quantas vezes você ouviu “siga sua paixão e o sucesso virá”? Isso não quer dizer que o conselho esteja certo, diz o professor Cal Newport, da Universidade de Georgetown, autor de So Good They Can’t Ignore You (“Tão bom que não poderão ignorá-lo”, um bordão do comediante Steve Martin). Amar o que se faz é um objetivo legítimo, diz Newport, mas seguir sua paixão não é o caminho para chegar lá. Por um motivo simples: não há um caminho “certo” esperando você adotá-lo. Paixões originais certeiras são raras – aqueles que desde crianças sonham ser médicos, por exemplo. Na maioria das vezes, nossos desejos são baseados em fantasias e oscilam demais. Podem ser perigosos, causando ansiedade e troca constante de empregos.
Por isso, Newport aconselha a parar de ruminar sobre o que o apaixonaria. Em vez disso, desenvolva habilidades raras e valiosas, com estudo, disciplina e repetição. Elas é que permitirão definir os termos de sua carreira, dando-lhe controle e autonomia. Parece com abdicar de sua paixão? Ao contrário: trata-se de cultivá-la. Seja bom – mas bom mesmo – e a paixão aflorará, afirma Newport.
Em seu livro, Newport cita um antiexemplo de sua tese, uma mulher chamada Julia, que deixou um emprego seguro em publicidade para se tornar professora de ioga – sua paixão. Após fazer um curso de apenas quatro semanas, começou a dar aulas. Menos de um ano depois tinha de viver apenas com tíquetes de alimentação do governo. Para montar sua tese, o autor conviveu algum tempo com tipos diversos, que vão de agricultores orgânicos a programadores de computador, investidores e roteiristas, registrando as estratégias adotadas e as armadilhas a ser evitadas. Todos se tornaram excelentes no que fazem sem levar em conta a paixão.
Além das observações empíricas, Newport se baseou também em estudos científicos, como o de Amy Wrzesniewski, professora de comportamento organizacional da Universidade Yale. Ela pesquisou quais tipos de trabalho as pessoas consideram um emprego (modo de pagar as contas), uma carreira (caminho para o aprimoramento) ou uma vocação (atividade que é parte importante de sua vida e de sua identidade). O estudo concluiu que os funcionários mais felizes e mais envolvidos não são aqueles que se guiaram pela paixão, mas se desenvolveram o bastante para se tornar realmente bons no que fazem.
Newport sugere quatro regras práticas: não siga sua paixão, mas descubra quais habilidades pode desenvolver a um nível superior; seja muito bom no que faz, pois a paixão se segue à maestria, e não o contrário; não espere promoções, já que se aprimorar leva tempo; e pense pequeno, mas aja grande, pois o que realmente importa não é achar o emprego certo, e sim descobrir como você pode ser bom em qualquer emprego. Em resumo, o que você faz para viver é menos importante do que como você o faz. 

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